O Ministério Público de São Paulo entrou hoje (5) com uma ação de improbidade administrativa contra o ex-governador de São Paulo e candidato à presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB). Na ação, a procuradoria acusa Alckmin de ter recebido R$ 7,8 milhões da Odebrecht por meio de caixa dois durante sua campanha para o governo do estado.
O procurador Ricardo Manuel Castro, que assina o documento, pede ainda que Alckmin seja condenado à suspensão dos seus direitos políticos, à perda de eventual função pública e a ressarcir os valores recebidos de forma ilícita. O procurador declarou que os acusados, ao pedirem, receberem e permitir que se recebesse o dinheiro violaram “os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência na Administração Pública”.
As investigações de irregularidades na campanha de Alckmin estavam no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas foram enviadas ao Ministério Público Eleitoral após Alckmin perder o foro privilegiado para concorrer às eleições de outubro.
A campanha de Geraldo Alckmin disse, em nota, que “para além do barulho almejado pelo promotor, não há fato novo, apenas uma conclusão equivocada e um comportamento inusual”.
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“Transformar as ações do Ministério Público em atos políticos não é compatível com o estado de normalidade democrática que vivemos hoje no Brasil. Ao contrário das campanhas adversárias, sempre nos posicionamos em absoluta defesa do Ministério Público e da Polícia Federal, que têm feito um trabalho importantíssimo no combate à corrupção. Entretanto, ações isoladas como a de hoje ferem a tradição do Ministério Público e prejudicam o devido esclarecimento do caso.”, escreveu a assessoria do candidato.