Como havia prometido ao presidente da CPI dos Sanguessugas no início da semana, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pediu nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra 42 parlamentares acusados de envolvimento com a máfia das sanguessugas.
Com isso, o número de deputados e senadores investigados pela Corte pode subir para 57 – a pedido do procurador, 15 já são investigados por participação na fraude desde junho. Os nomes encaminhados hoje pelo Ministério Público não serão divulgados porque o processo corre sob segredo de justiça.
No início da semana, o presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), foi informado pelo próprio Antonio Fernando que a Procuradoria Geral da República (PGR) encaminharia, até esta sexta-feira, um pedido para a abertura de inquérito contra mais parlamentares acusados de envolvimento com os sanguessugas.
O deputado, no entanto, afirmou que o procurador evitara dar detalhes sobre a nova lista de suspeitos justamente porque o caso tramita sob sigilo, por determinação do relator dos processos no Supremo, ministro Gilmar Mendes. O impedimento gerou atrasos no início dos trabalhos da CPI, que não conseguiu ter acesso aos autos da investigação esta semana.
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Até a quinta-feira, Mendes não deixou claro quando liberaria os documentos à comissão. Somente hoje o relator autorizou que a CPI dos Sanguessugas tenha acesso ao processo sigiloso.
A máfia das ambulâncias foi o apelidado dado à quadrilha envolvida na compra superfaturada por prefeituras e desbaratada em maio pela "Operação Sanguessuga", da Polícia Federal. O esquema envolvia a preparação de emendas ao Orçamento da União. Nessa operação, a PF chegou a prender, no início de maio, 44 pessoas, entre empresários, ex-deputados e assessores parlamentares.
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