O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo abriu investigação criminal para averiguar as denúncias da oposição de que a Polícia Federal (PF) montou uma operação para abafar as apurações sobre a origem do dinheiro que seria usado na compra do dossiê Vedoin.
Segundo a Folha de S.Paulo, os procuradores do MPF querem saber se a PF auxiliou de alguma forma os investigados a montar uma versão comum para preservar a campanha eleitoral de Lula. Relatório parcial da PF aponta Jorge Lorenzetti, ex-integrante do comitê, como responsável pela negociação do material.
Um dos alvos do Ministério Público, diz a reportagem, é o diretor-executivo da PF paulista, Severino Alexandre, responsável por afastar do caso o delegado Edmilson Bruno, que prendeu os emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos e apreendeu o R$ 1,75 milhão. Bruno é acusado também de intermediar um encontro secreto entre os investigados e designar policiais de confiança para a investigação.
Reportagem da revista Veja diz que Severino Alexandre teria organizado um encontro secreto entre Freud Godoy, ex-assessor especial da Presidência, e Gedimar. Na suposta reunião, Gedimar, que inicialmente apontou Freud como "mandante" da operação do dossiê, teria sido convencido a voltar atrás e inocentá-lo no caso. Preso em 15 de setembro, retirou a acusação no último dia 3, quando se disse pressionado pelo delegado Bruno a incluir o nome de Freud na investigação. A Polícia Federal irá chamar Gedimar novamente para depor.
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A PF de São Paulo e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, negaram veementemente a existência de uma "operação abafa". A direção da corporação também negou a existência do suposto encontro entre Freud e Gedimar, mas abriu procedimento interno para apurar a denúncia.
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