O Ministério Público Federal de São Paulo denunciou hoje (18) o deputado federal eleito Paulo Maluf e mais dez pessoas por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro originado de corrupção.
De acordo com a denúncia, parte do dinheiro das obras na Avenida Água Espraiada, na Zona Sul de São Paulo, realizadas na última gestão de Maluf como prefeito (1993-1996), foi para a conta Chanani, em Nova Iorque, e de lá para quatro contas no paraíso fiscal de Jersey, no Reino Unido, de onde migraram para sete fundos de investimento na mesma ilha. O dinheiro depois foi investido na Eucatex, empresa da família do ex-prefeito.
Além de Maluf, o procurador da República Rodrigo de Grandis denunciou outros familiares do ex-prefeito, entre eles a esposa, Sylvia Lutfalla Maluf e os quatro filhos do casal, Flávio, Ligia, Lina e Otávio; a mulher de Flávio, Jacqueline Coutinho Maluf; e o marido de Ligia, Maurílio Miguel Maurílio Curi.
A versão de Maluf
A assessoria de imprensa de Maluf declarou, por meio de nota, que o parlamentar eleito e seus familiares não têm contas no exterior.
"Paulo Maluf e seus familiares não têm nem nunca tiveram contas no exterior. Quanto à operação financeira que envolve a Eucatex, realizada por investidores estrangeiros através do Deutsche Bank, ela é perfeitamente legal, tanto que foi aprovada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários", diz a nota.