Diversas bandeiras foram colocadas nas janelas do Palácio. No momento, uma comissão formada por representantes de diversas entidades está reunida com o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini, para definir o destino da ocupação.
O grupo compareceu ao evento já com a intenção de ocupar o palácio e foi surpreendido pela notícia sobre a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação em que a Câmara aprovou por larga maioria, no último dia 17, o processo de impeachment de Dilma.
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“Nós viemos organizando várias atividades durante esta semana. Entre elas, nos organizamos para entrar hoje no Palácio e permanecer e só soubemos da decisão do presidente da Câmara quando já estávamos aqui dentro”, disse Evaniza Rodrigues, da União Nacional por Moradia Popular .
“A nossa disposição é a seguinte: enquanto a situação do Brasil estiver dessa maneira indeterminada, nós permaneceremos aqui por tempo indeterminado”, afirmou Evaniza, que comemorou o anúncio feito por Waldir Maranhão. “Isso só demonstra como a situação é completamente irregular, como é golpe na verdade. Ou seja, o próprio presidente da Câmara reconhece que todo o processo que foi feito até agora foi baseado em qualquer coisa, menos em crime de responsabilidade”, avalia a militante.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) intermediava as negociações entre os movimentos populares e a segurança do palácio em relação à ocupação do espaço. “A presença das pessoas aqui tem esse objetivo, de dialogar com o governo, de dialogar entre todos, para serem também ouvidos nesse momento”, disse o parlamentar, que foi à Câmara mas se comprometeu a voltar para participar da reunião com o ministro Berzoini.
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