Uma das vítimas dos ataques no Rio de Janeiro na quinta-feira (28) morreu no Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na madrugada deste sábado (30), segundo informações do portal G1. Elias Batista dos Santos, 42 anos, estava com 75% do corpo queimado e era um dos passageiros do ônibus da viação Itapemirim que foi incendiado por bandidos, em Cordovil, no subúrbio da cidade.
Elias, segundo a reportagem, trabalhava como camelô, era casado e tinha três filhos. "A ex-mulher, duas filhas, a irmã dele e um cunhado já estão no hospital. Elias morava em Varre-Sai, no Noroeste Fluminense, mas era mineiro. Ele tinha pego o ônibus em Campos e ia para São Paulo fazer compras para vender no réveillon", explica o texto.
O camelô é a oitava vítima que morreu queimada após a ação criminosa e outras sete pessoas estão no Instituto Médico Legal e vão passar por exames de DNA.
Leia mais sobre o assunto na reportagem do G1 que segue abaixo:
Delegacia é assaltada
Dois homens armados invadiram a 48ª DP, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Os bandidos roubaram a arma de um policial e todo o armamento pesado da delegacia. Foram levados uma pistola, quatro fuzis e quatro metralhadoras. Policiais fazem buscas nas proximidades. Apesar do assalto, o policial que estava sozinho de plantão não foi ferido.
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A assessoria da Polícia Civil informou que o chefe de Polícia Civil, Ricardo Hallack, determinou que seja aberta sindicância para saber por que não havia reforço na delegacia de Seropédica. O efetivo na delegacia será reforçado.
O chefe de polícia disse ainda que a “Operação Caçador” continua no Grande Rio, com cerca de cem carros. As áreas onde houve reforço policial, foram indicadas pelo serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública.
Novos ataques durante a madrugada
Houve tiroteio por quase duas horas entre policiais e bandidos na favela da Cidade de Deus, na Zona Oeste. Segundo a polícia, barricadas foram montadas pelos traficantes para interceptar carros em uma avenida ateando fogo em vários móveis, mas equipes da polícia chegaram e impediram os assaltos.
Em Bangu, na Zona Oeste, a 34ª delegacia de polícia foi alvo de um grupo de criminosos. As balas só não atingiram o prédio porque os bandidos não conseguiram chegar mais próximos. Os policiais perceberam o ataque e iniciaram uma troca de tiros . As marcas ficaram nos muros e paredes de casas vizinhas. Um carro foi usado como escudo pelos agentes. Os homens fugiram, mas antes, ainda jogaram uma granada. Um morador de rua que estava na calçada foi baleado no tórax e está em observação no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo.
Numa outra ação, os policiais conseguiram recuperar dois fuzis, duas pistolas, um revólver, uma granada, cocaína embalada para a venda e oito bombas. Todo o material foi apreendido durante uma investida da polícia na favela do Muquiço, na Zona Oeste, que fica perto da Avenida Brasil – uma das principais vias expressas da cidade. Na operação, os policiais chegaram a trocar tiros com os bandidos. Cinco homens suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas foram mortos.
A polícia continuou o esquema reforçado nas ruas com carros nos principais acessos da cidade. O trabalho ajudou os policiais a recolher rádio transmissor, garrafas com gasolina e bombas de fabricação caseira que, segundo as investigações, seriam usadas em novos ataques e que estavam na favela Nova Holanda, na Zona Norte, onde na quarta-feira (27), vários carros haviam sido incendiados.
Apesar do esforço da polícia, o clima de tensão e medo ainda acompanhou os moradores do Rio – dois dias depois do ínicio da onda de ataques contra alvos civis e militares, que deixou 18 mortos. As empresas de ônibus repetiram o toque de recolher imposto na noite de quinta-feira (28) e nesta sexta-feira (29), outra vez foi difícil sair ou chegar à Zona Oeste da cidade.
Ônibus é incendiado na noite de sexta-feira
Bandidos botaram fogo, na noite desta sexta-feira (29), em um ônibus da empresa Glória em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O ônibus foi atacado quando passava pela Estrada Abílio Augusto Távora, no bairro Dom Bosco. Segundo os bombeiros, sete homens que estavam em um carro obrigaram o ônibus a parar, exigiram que os passageiros descessem e incendiaram o veículo em seguida. Não houve feridos. Bombeiros do quartel de Nova Iguaçu controlaram as chamas. Os policiais militares afirmam que há ligação entre esta ação e a série de ataques da quinta-feira (28) no Rio e na Região Metropolitana.
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