No início desta semana, a investigação sobre a participação do ex-parlamentar na Lava Jato voltou aos cuidados de Moro. Em dezembro do ano passado, Vargas perdeu a prerrogativa de foro privilegiado quando teve seu mandato cassado por quebra de decorro parlamentar. Os deputados cassaram o mandato do ex-petista por seu envolvimento com o grupo de Alberto Youssef.
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Durante esta semana, o juiz Sérgio Moro emitiu documento ao MPF para que os procuradores se pronunciem sobre a continuidade das investigações contra Vargas. A ideia é que ocorram novas quebras de sigilo telefônico e telemático (de mensagens de celular) contra o ex-parlamentar. O MPF tem até segunda-feira (2) para se manifestar sobre o assunto.
Durante as investigações da primeira fase da Lava Jato, os integrantes do MPF e da PF descobriram que o deputado tinha intermediado negócios entre o laboratório Labogen, de propriedade de Youssef, e o Ministério da Saúde.
Em depoimento prestado ao Conselho de Ética da Câmara, o proprietário do laboratório Labogen, Leonardo Meireles, confirmou que Vargas ajudou nos contatos entre a empresa e o Ministério da Saúde para viabilizar a assinatura de uma parceria entre os dois.
O empresário esclareceu que procurou Vargas por indicação do doleiro Alberto Youssef, mas disse que não participou de reunião em que estivessem presentes, ao mesmo tempo, o deputado e o doleiro. O contrato entre o laboratório e o Ministério chegou a ser assinado, mas foi suspenso após as denúncias contra o doleiro.
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