As autoridades do Principado de Mônaco bloquearam 10 milhões de euros, cerca de R$ 35 milhões, do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada. Preso na manhã desta quinta-feira (2), o ex-diretor, que substituiu Nestor Cerveró, é suspeito de estar envolvido nos esquemas de corrupção da Petrobras. As informações são do jornal O Globo.
De acordo com o coordenador da Operação Lava Jato, o procurador federal da República Deltan Dallagnol, o acúmulo de recursos no exterior é incompatível com a renda de Zelada. Até o momento, o ex-diretor não foi denunciado pelo Ministério Público Federal.
“É estranho que esses recursos não são compatíveis com sua renda”, afirmou o procurador ao explicar que ainda não é possível oferecer denúncia contra Zelada porque, por enquanto, não há o rastro do pagamento de propina.
O novo alvo da Lava Jato já era investigado na Controladoria Geral da União (CGU) junto com o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o ex-diretor da Área Internacional, Nestor Cerveró. Eles respondem a processos administrativos que apuram suposta participação dos três no esquema de pagamento de propina pela empresa holandesa SBM Offshore, empresa que atua com construção de plataformas de petróleo e mantém contratos com a Petrobras.
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Diretores da companhia internacional já admitiram ter pago US$ 139 milhões a representantes no Brasil, mas ainda não detalharam o caminho final da propina na estatal brasileira. A CGU instaurou 13 processos administrativos sancionadores e três sindicâncias patrimoniais para investigar a suposta participação de empregados e ex-empregados da Petrobras no esquema da holandesa SBM.
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