O advogado do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Boris Trindade, disse hoje que a organização se dispõe a pagar os prejuízos causados durante a invasão, na última terça-feira, ao Congresso.
“Recebi hoje a informação de Bruno (Maranhão, líder do movimento), quando relatei a ele que a Câmara se queixava de um prejuízo de R$ 150 mil, ele me autorizou a dizer que o MLST vai pagar as despesas da Câmara” disse o advogado.
Dinheiro não é problema
Levantamento feito pela ONG Contas Abertas, no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), revela que a Associação Nacional de Apoio à Reforma (Anara), ligada ao movimento recebeu R$ 5,6 milhões do governo Lula
No último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, o repasse à Anara não passou de R$ 75 mil. No primeiro ano do governo Lula, o valor subiu para R$ 250 mil. Em 2004, outro repasse, no valor de R$ 1,1 milhão. De 2005 até agora, mais R$ 4,2 milhões.
Relaxamento de prisão
O procurador da República Valtan Furtado pediu relaxamento de prisão para 459 integrantes do MLST presos pela invasão à Câmara. O pedido foi e acolhido hoje de manhã pela juíza da 10ª Vara Federal Maria de Fátima Costa. Até agora, esses manifestantes aguardam ainda a saída do presídio da Papuda, no Distrito Federal.
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O motorista de um dos sete ônibus que esperam os manifestantes que serão libertados, Henrique de Souza, disse que os veículos seguirão para Itaberaí (GO), Vanderlândia (TO) e Imperatriz (MA). Os ônibus devem parar antes num acampamento do MLST. Outros 42 integrantes do MSLT continuarão presos, entre eles, Bruno Maranhão.