O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, devem divulgar no início da tarde de hoje (31) possíveis mudanças na utilização do cartão corporativo.
O anúncio ocorre um dia depois de os dois se reunirem com a ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Matilde Ribeiro.
Ela é acusada de ter utilizado, de forma indevida, o cartão para compras em um free shop no valor de R$ 461. Esse montante, segundo ela, já foi ressarcido aos cofres públicos. Matilde desponta como a ministra que gastou o maior volume de recursos com o cartão do governo federal.
Na reunião também estiveram presentes a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Franklin Martins (Comunicação).
Segundo a assessoria de Matilde Ribeiro, durante o encontro, a ministra se colocou à disposição para prestar informações aos órgãos competentes e corrigir possíveis falhas no uso do cartão de pagamentos do governo federal. Nesse momento, Matilde está em reunião com a diretoria de sua secretaria.
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O cartão coorporativo é utilizado por servidores públicos federais para "pequenas despesas" como a compra de material, pagamento de diárias em viagens e prestação de serviços. Ele foi criado em agosto de 2001 no governo Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, segundo o Ministério do Planejamento, 11.510 cartões estão distribuídos entres os servidores federais do alto escalão.
De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), foram gastos com o cartão, no ano passado, R$ 75,6 milhões, um aumento de 129% em comparação com 2006. (Erich Decat)
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