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Como a corte tem apenas sete ministros, basta que quatro ministros se posicionem a favor do pedido da defesa de Temer para que as contas sejam desmembradas. De acordo com a reportagem, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, o ministro Luiz Fux, que também é do Supremo Tribunal Federal (STF), defendem o desmembramento dos processos.
Segundo o Valor, Gilmar avalia que o pedido de cassação de um ex-governador de Roraima, negado em 2009, é um caso que se aproxima do atual. O tucano José de Anchieta Júnior assumiu o mandato em Roraima em 2007, após a morte do então governador Ottomar Pinto, cuja campanha respondia a processo por abuso de poder econômico nas eleições de 2006. Anchieta também pediu o desmembramento das ações. Embora os processos não tenham sido separados, o TSE não encontrou provas para a cassação da chapa.
Conforme a reportagem, dois elementos podem influenciar a decisão dos ministros indecisos: a deterioração do cenário político e novas provas apresentadas pela força-tarefa da Operação Lava Jato. O entendimento entre os magistrados do TSE é de que de que são necessárias evidências robustas para que o Judiciário tome uma decisão que implique, na prática, a saída de mais um presidente do Palácio do Planalto, meses após o impeachment de Dilma.
“Para que o Judiciário casse o mandato de um governante democraticamente eleito, as irregularidades precisam ser provadas e significativas o suficiente para influenciar o resultado da eleição nacionalmente”, afirmou um ministro ao Valor.
Leia a reportagem no Valor Econômico (para assinantes do jornal)
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