Depois de 12 anos de filiação, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e seu pai, o senador Fernando Bezerra (PE), trocam o PSB pelo PMDB. A ficha de desfiliação foi entregue pelos dois ao presidente do Partido Socialista Brasileiro, o também pernambucano Carlos Siqueira. A filiação à legenda do presidente Michel Temer está marcada para as 11h desta quarta-feira (11) na sede do PMDB no Congresso.
Com a troca, o senador se desvencilha do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, candidato à reeleição, com o objetivo de disputar o governo estadual em 2018. Fernando Bezerra e seu filho chegaram a ser convidados pelo DEM, mas a dupla preferiu o PMDB após intervenção do presidente nacional do partido, o senador Romero Jucá (RR). O episódio irritou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que dava como certa a filiação do senador e do ministro.
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A Executiva do PSB decidiu ainda em maio fazer oposição a Temer, mas uma ala da legenda da qual Fernando Bezerra e Fernando Coelho Filho faziam parte ainda insiste no apoio ao presidente. Um grupo de 15 deputados ameaça deixar o partido. O DEM deve ser o principal destino deles.
Na prática, a mudança elevará para sete o número de ministérios comandados pelo PMDB. Fernando Bezerra Filho se junta ao grupo de Eliseu Padilha (Casa Civil), Helder Barbalho (Integração Nacional), Leonardo Picciani (Esporte), Marx Beltrão (Turismo), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário). Também aumentará para 23 o total de senadores peemedebistas, garantindo maior folga à bancada mais numerosa do Senado.
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