O ministro do Esporte, Orlando Silva, pediu hoje (4) apoio ao presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), para convencer os parlamentares a aprovarem projeto de lei que altera a chamada Lei Pelé. A proposta, já enviada pelo governo, está parada na Câmara.
Na companhia do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Del Nero, e de dirigentes de clubes de São Paulo, Orlando defendeu o aumento do tempo do primeiro contrato dos jogadores profissionais, de três para cinco anos, e a redução da idade mínima, hoje fixada em 16 anos, para o primeiro vínculo contratual.
“Hoje os chamados clubes formadores são desprotegidos, o que faz com que os atletas saiam do Brasil muito cedo, e isso há de ser impedido. Porque o Brasil tem o espetáculo do futebol cada vez mais empobrecido em função da saída muito cedo dos nosso craques”, afirmou o ministro do Esporte, após o encontro com o presidente do Senado.
De acordo com Orlando, Garibaldi demonstrou simpatia pela proposta. “Nós conquistamos hoje um apoio importante. O presidente do Senado se manifestou favoravelmente a ajustes na Lei Pelé. É importante dizer que o próprio Edson Arantes do Nascimento, em reunião conosco, também se manifestou favorável à revisão da Lei Pelé. Nosso objetivo é proteger os clubes que formam atletas”, ressaltou.
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Comandante da Federação Paulista de Futebol, Del Nero disse que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), também declararam à comitiva que apóiam as alterações na Lei Pelé.
“Nós temos que tratar da formação do atleta profissional e também da manutenção desse atleta dentro do clube. O jogador sai sem qualquer controle do clube e o prejuízo é cada vez maior. Não há clube que agüente. Nós entendemos que tem de haver um estágio para ele ser levado”, defendeu. (Edson Sardinha)
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