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Para Eduardo Braga, não há provas de envolvimento de Graça em qualquer tipo de desmando referente à petrolífera. “Até hoje, não há nenhuma prova sequer contra Graça Foster. Não há nenhuma prova sequer contra esses diretores que aí estão. Não seria justo, vendo o esforço que a Petrobras está fazendo com seus técnicos e sua diretoria, de recuperação de gestão e eficiência, puni-los sem dar a chance para que apresentem os resultados que a Petrobras aponta que apresentará”, observou o ministro, em entrevista ao serviço de informação online da Agência Estado.
O ministro disse ainda que o governo já estuda mudanças no conselho de administração da estatal, que passa por “convergência de fatores negativos”, mesmo diante das boas notícias alcançadas em relação ao setor produtivo. Como este site mostrou na semana passada, a empresa passou a liderar a produção mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto.
Eduardo Braga manifestou otimismo em relação ao futuro da petrolífera, com a ressalva de que empresas “enroladas” na Operação Lava Jato, com contratos de investimento vigentes com a Petrobras, ainda representam um problema. Para Braga, “duas Petrobras” devem ser levadas em consideração: a que foi alvo do esquema bilionário de recursos públicos e a “instituição brasileira” que é uma das protagonistas do setor energético.
A entrevista concedida à Agência Estado confronta as declarações do advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, para quem dois pesos e duas medidas são usados para diferenciar Graça Foster de seu cliente – que, a pedido do Ministério Público Federal, foi preso justamente em decorrência de transferências e movimentações financeiras. Para Edson, não há explicação para o fato de Graça não ter sofrido a mesma punição já que executou os mesmos procedimentos pelos quais Cerveró foi detido.
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