Renata Camargo
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, negou hoje (29) que haja atrasos nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014. Em audiência pública conjunta das comissões de Turismo e Desporto, e de Fiscalização e Controle da Câmara, Fortes afirmou que o cronograma da pasta não tem compromisso com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) ou com projetos específicos da Copa.
O alerta sobre atrasos nas obras da Copa foi feito pelo ministro dos Esportes, Orlando Silva, que nesta semana voltou a demonstrar preocupação com o cumprimento dos prazos. O ministro dos Esportes também foi convidado para participar da audiência pública de hoje sobre os atrasos, mas não compareceu à reunião. Em entrevistas à imprensa, Orlando Silva fez um alerta no sentido de acelerar as obras e chegou a levantar um “plano B”, para reduzir o número de cidades-sedes do evento.
O Ministério das Cidades é responsável por R$ 7,6 bilhões dos R$ 11,4 bilhões previstos para investimentos em infraestrutura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Ao contrário do colega de Esplanada, no entanto, Márcio Fortes reforçou que os compromissos da pasta não são com a Fifa, mas com a meta de melhoria do transporte público.
Para Fortes, a Copa será realizada apenas durante “alguns dias” e as obras precisam levar em conta “o legado” deixado depois do evento. “Senão, o Estado terá que arcar com subsídio tarifário para manter em funcionamento os veículos leves sobre trilhos, por exemplo”, disse. O ministro garantiu ainda que, mesmo com a mudança de governo, não há riscos de descontinuidade das obras. “O compromisso é institucional, e não pessoal. As eleições não colocam em risco as obras”, concluiu.
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