O retorno de Marcelo Castro à Câmara apenas para votar em Picciani já provocou reações entre deputados da ala oposicionista que trabalham para anular a manobra. Os dissidentes garantem que a volta temporária do ministro à Câmara vai carimbar como governista a candidatura de Picciani, além de oficializar o apoio do Planalto à recondução do atual líder, que é contra o impeachment.
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No ano passado, antes de ser chamado para o ministério, Marcelo Castro teve desentendimento público com Eduardo Cunha. O piauiense foi destituído da relatoria da reforma política pelo presidente da Câmara porque seu parecer não contemplava medidas defendidas pelo parlamentar fluminense. Em entrevista ao Congresso em Foco, Castro chamou na ocasião Cunha de “autoritário” e “violento”.
Outros deputados do PMDB que apoiam Picciani também vão deixar seus postos em secretaria estaduais ou em prefeituras para voltar à Câmara e participar da eleição para líder. Um deles é o secretário de governo do município do Rio de Janeiro, Pedro Paulo. O outro é o secretário estadual de Esportes, Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador do Rio Sergio Cabral Filho. Esta manobra já foi feita em dezembro quando Pedro Paulo e Cabral passaram algumas horas na Câmara e garantiram o retorno de Picciani à liderança, após sua destituição por alguns dias.
Picciani pediu ao Planalto ajuda para garantir os votos das deputadas Elcione Barbalho, mãe do ministro chefe da Secretaria de Portos, Hélder Barbalho, e Simone Morgado, atual companheira do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). O líder também se articula com o vice-presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), para tentar garantir o voto da deputada Marinha Raupp (PMDB-RO), esposa dele. Picciani viajou nesta quinta-feira ao Tocantins em campanha pela liderança. Ele vai se encontrar com o governador Marcelo Miranda e com deputados federais para tentar garantir a permanência na liderança.
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