O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou ser contrário ao aumento solicitado pelos juízes do Conselho Nacional da Justiça (CNJ). Bastos disse que a realidade brasileira é de ajuste no orçamento. “Não sou a favor do aumento. Acredito, num primeiro exame, que é preciso fazer uma justificativa muito forte para que se justifique isso. O país vive um momento em que precisamos cortar gastos e essa é a linha geral", disse o ministro durante o I Seminário Luso-Brasileiro sobre Tráfico de Pessoas e Imigração Irregular, em Brasília, hoje pela manhã.
O Judiciário enviou dois projetos de lei ao Congresso para reajustar os salários. Um prevê a gratificação extra de R$ 5,8 mil mensais para 15 membros do CNJ, por comparecimento às sessões. A aprovação dessa medida beneficia, também, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do conselho, ministra Ellen Gracie. Com isso, a ministra passaria a receber cerca de R$ 30 mil.
Ellen Gracie deverá comparecer à Câmara dos Deputados para pedir apoio para o reajuste, além da aprovação de outros projetos – como o aumento de R$ 24.500 para R$ 25.720 no salário dos ministros do STF. O CNJ reivindica, ainda, um benefício adicional de R$ 2 mil para procuradores e promotores de justiça dos estados. (Ricardo Taffner)
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