Para o líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a votação desta tarde foi uma demonstração de que a base governista está unida e que muitos senadores da oposição gostariam de ter votado favoravelmente à proposta da DRU, mas não puderam devido a orientações partidárias.
A DRU é um mecanismo que permite ao Executivo gastar livremente 20% das receitas provenientes de contribuições sociais, exceto as previdenciárias, o que representa cerca de R$ 62,4 bilhões disponíveis para o próximo ano, segundo cálculos do Ministério do Planejamento. Considerado pelo governo como essencial para manter programas sociais nos próximos anos, a DRU perderia a validade em 31 de dezembro deste ano. Por isso, o governo tratou o assunto como uma de suas prioridades no Parlamento e se apressou em colocar a proposta em votação no Senado.
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De acordo com Jucá, a votação do segundo turno deverá ocorrer no dia 20 de dezembro, penúltimo dia de funcionamento do ano legislativo. O líder informou que não há acordo entre base e oposição para quebrar os prazos de tramitação da matéria. Por se tratar de proposta de emenda à Constituição, o período entre os dois turnos é de cinco dias úteis e três sessões deliberativas.