Se no primeiro mandato do presidente Lula o PT esteve infiltrado na burocracia de todos os ministérios, mesmo aqueles comandados por partidos aliados, o mesmo não deve acontecer na segunda gestão. Há menos petistas no primeiro escalão e, segundo o jornal Folha de S. Paulo, o presidente tem se mostrado disposto a agradar as legendas da base e autorizou a "política da porteira fechada".
Na prática, Lula permitiu a demissão de pelo menos 42 petistas que ocupam postos chave na estrutura de ministérios comandados por outras siglas. A maior parte são secretários, chefes-de-gabinete, assessores especiais e diretores de departamentos.
"Temos autonomia total no ministério a partir de agora, foi isso que ouvimos do presidente", disse à Folha o líder do PP na Câmara, deputado Mário Negromonte (BA). O partido planeja trocar secretários petistas nomeados durante a gestão de Olívio Dutra (PT) no ministério das cidades por ex-deputados filiados ao PP.
Há petistas também no Ministério das Minas e Energia, na Saúde, na Agricultura e no Trabalho. Desde o início da reforma ministerial, o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), tem intercedido em favor dos correligionários. "É impossível montar ministério com pessoas de um partido só. Seria incorreto. Quanto mais plural a participação, melhor o ambiente interno", disse, em entrevista ao site do PT. (Carol Ferrare)
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