Mário Coelho
O Ministério Público Federal (MPF) fez uma reclamação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a recente entrega de documentos por parte do governo do Distrito Federal. Na avaliação da MPF, ao levar planilhas com os pagamentos feitos à empresas de informática durante os oito anos do governo de Joaquim Roriz (1999 a 2006), o GDF está tumultuando as investigações, “fazendo juízo de valor sobre os fatos investigados”.
Além disso, segundo reportagem na edição deste sábado (9) no jornal DFTV, da TV Globo, a Secretaria de Fazenda teria omitido os pagamentos feitos a Fundação Gonçalves Ledo, que recebeu mais de R$ 24 milhões pela prestação de serviços do programa DF Digital, da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Em junho de 2009, o Tribunal de Justiça chegou a suspender o contrato, por ter sido feito sem licitação. Mesmo assim, o governo conseguiu derrubar a decisão liminar e manter o convênio. A empresa é ligada à maçonaria. Arruda, ao prever que seria expulso, acabou se desligando da ordem na última semana.
Em 18 de dezembro, o ministro do STJ Fernando Gonçalves determinou que a Secretaria de Fazenda informasse quanto foi gasto com empresas da área de 2007 a 2009. O governo, porém, na tentativa de implicar o ex-governador Joaquim Roriz, entregou dados de 1999 até hoje. As planilhas contêm a indicação das respectivas ordens bancárias, datas de pagamento e contas bancárias que receberam os créditos respectivos pagos pelo GDF.
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