O Ministério Público Federal (MPF) apresentou,nesta quarta-feira (29), nova denúncia contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque pelos crimes de corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. De acordo com a acusação, Duque recebeu propina para favorecer a empresa italiana Saipem nas obras do gasoduto entre os campos de Lula e Cernambi, localizados na Bacia de Santos. Outros quatro investigados também foram denunciados.
De acordo com a denúncia, a partir do depoimento de delação premiada do investigado Júlio Camargo, ficou comprovado que a empresa Harley S/A, sediada no Uruguai, intermediava o pagamento de propina ao ex-diretor, por meio de uma conta bancária na Suíça.
“Em ato contínuo, o denunciado Renato Duque, ocupante de cargo de direção na Petrobras, de modo consciente e voluntário, aceitou a promessa, praticando ato de ofício que infringiu o dever funcional, pois de fato assegurou a contratação da Saipem pela Petrobras. Em uma dada ocasião, em que o pagamento de parte da propina seria feito, João Bernardi [representante da Saipem] foi assaltado quando levava a quantia de R$ 100 mil em espécie para entregar a Renato Duque”, afirma a procuradoria.
A defesa de Duque nega que ele tenha recebido propina enquanto ocupou a Diretoria de Serviços na Petrobras. A Agência Brasil também entrou em contato com a Saipem e aguarda retorno.
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