Renata CamargoA Mesa Diretora do Senado aprovou nesta quinta-feira (25) a realização de um novo concurso público para a Casa. Serão oferecidas 180 vagas, que serão distribuídas de acordo com a necessidade de cada área. A expectativa é que a nova seleção seja realizada no segundo semestre do próximo ano.
Segundo o diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, ainda não é possível saber se os novos servidores irão substituir terceirizados. Em 2009, após a crise dos atos secretos no Senado, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), propôs em estudo a reestruturação do quadro de pessoal da Casa, com a sugestão de corte de 40% no número de funcionários terceirizados e comissionados.
O estudo, encomendado pelo próximo Senado, sugeriu o corte de até 1.150 pessoas comissionadas e cerca de 1,2 mil funcionários terceirizados. Os cortes nos gastos seriam de mais de R$ 100 milhões com a saída de comissionados. Não havia estimativa para redução de despesas com a demissão de terceirizados.
“Pode eventualmente reduzir o número de terceirizados, mas ainda não se sabe. Só quando definir as áreas para saber se implicar na redução de terceirizados”, afirmou Haroldo Tajra se referindo ao novo concurso. Entre as áreas com defasagem de pessoal, está a área de tecnologia e informática.
De acordo com o diretor-geral, o atual quadro do Senado é composto de 3,2 mil servidores efetivos, 2,8 mil funcionários comissionados e cerca de 3 mil terceirizados. Tajra afirma que o quadro de efetivos comporta 4,2 mil servidores e que, portanto, está com déficit de mil servidores.
Disputa de gabinetes
Na reunião da Mesa Diretora nesta manhã, também foi discutida a distribuição de gabinetes dos senadores que assumem a partir do próximo ano. Segundo o primeiro-secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), a Mesa precisará fazer “acomodações”. Os ajustes precisam ser feitos, especialmente, na acomodação de ex-governadores, que brigam pelos melhores espaços no Senado.
De acordo com os critérios de distribuição, ex-presidentes, ex-governadores, senadores que voltam a Casa e ex-deputados têm preferência na localização dos gabinetes. Também têm preferência senadores com deficiência física e maiores de 60 anos. Os espaços mais disputados estão no Anexo I e na Ala Teotônio Vilela.
“Estamos fazendo algumas acomodações, mas os problemas são menores que esperávamos. O diretor-geral está ouvindo os pedidos e repassando para a Mesa. Acho que os senadores deveriam estar brigando por bons assessores, por boa equipe e não por gabinete maior”, disse Heráclito. A definição dos gabinetes, segundo o diretor-geral, deve sair na próxima reunião da Mesa, no dia 9 de dezembro.
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