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PSB e PSDB são os partidos com mais governadores entre os 11 que elegeram seus correligionários: cada legenda tem quatro representantes que se destacaram como “cabos eleitorais”. Os três governadores restantes são do PMDB, PSD e PT.
No cenário oposto, PMDB e PSDB respondem por metade dos 15 governadores que não conseguiram emplacar quem mereceu seu apoio: quatro membros de cada partido fracassaram nessa missão. Em seguida vem o PT, com três nomes; o PSB, com dois; e DEM e o PSD, com um representante cada sigla.
Dos 11 governadores que obtiveram êxito na tarefa, apenas oito emplacaram correligionários do mesmo partido – a dobradinha “puro sangue” – nas prefeituras de capitais. São elas: Belém (PSDB), Belo Horizonte (PSDB), Fortaleza (PSB), Maceió (PSDB), Recife (PSB), Rio Branco (PT), Rio de Janeiro (PMDB) e Florianópolis (PSD).
Os resultados das eleições municipais expuseram um mosaico pluripartidário de 11 legendas distribuídas no comando das 26 capitais estaduais. Na ordem decrescente, as legendas mais vitoriosas em capitais são PSB (5 prefeituras); PSDB e PT (4); PDT (3); DEM, PMDB e PP (2). PPS, PSD, Psol e PTC conseguiram eleger um representante cada.
Olho em 2014
Na disputa eleitoral mais impactante, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), viu o PT retornar ao poder oito anos depois da passagem da atual ministra da Cultura, Marta Suplicy, pela prefeitura da capital. Escolhido pelo ex-presidente Lula, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad desbancou um dos principais nomes do tucanato, José Serra, que amarga a segunda derrota nas urnas em dois anos – em 2010, foi derrotado por outra imposição de Lula ao PT, a presidenta Dilma Rousseff.
Mas a eleição deste ano evidenciou o despontar do partido que abocanhou mais prefeituras de capitais – e pode representar uma ameaça ao petismo nas presidenciais de 2014. Trata-se do PSB, que apesar de integrar a base de apoio de Dilma na esfera nacional, derrotou o PT em cidades importantes, como Recife – onde o senador Humberto Costa, candidato também “imposto” por Lula, amargou o terceiro lugar nas urnas dominadas por Geraldo Júlio (PSB).
O patrocinador de Geraldo, o governador Eduardo Campos (PSB), fechou com o PSDB do governador mineiro Antonio Anastasia e do senador Aécio Neves (MG) em Belo Horizonte e, repetindo a façanha de Recife, desbancou o PT de Patrus Ananias no pleito que resultou na reeleição de Márcio Lacerda (PSDB). Presidenciáveis, embora ainda tentem rejeitar o rótulo, tanto Eduardo quanto Aécio, ex-governador de Minas Gerais, já são vistos como protagonistas na corrida presidencial de 2014 – no caso do governador pernambucano, um nome a ser disputado entre tucanos (como vice) e petistas (como aliado-chave).
Outra derrota significativa do PT foi em Fortaleza – novamente, imposta pelo PSB dos irmãos Cid, governador do Ceará, e Ciro Gomes, ex-ministro no governo Lula. Lá também funcionou a dobradinha do mesmo partido com a eleição do socialista Roberto Claudio, que impôs derrota a Elmano de Freitas. Estava encerrada, na via oposta do PSDB em São Paulo, a jornada de oito anos de domínio do PT na capital cearense.
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