O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, vai conversar com os colegas ministros para saber se vai ao Congresso prestar esclarecimentos sobre o grampo ilegal do qual foi vítima.
Na manhã de hoje (4), uma comitiva de deputados tentou convencer o magistrado a ir a uma audiência conjunta na CPI das Escutas Ilegais e à Comissão de Segurança da Câmara ou, pelo menos, à uma reunião mais ampla, com representantes das duas comissões e do restante do Congresso.
“Ele ficou de consultar seus pares porque isso pode ser entendido como um prejulgamento”, afirmou o relator da CPI, Nelson Pellegrino (PT-BA), depois de sair do STF. Os deputados argumentaram que Gilmar Mendes poderia explicar o caso específico e ainda dar “contribuições no campo teórico”, com suas teses sobre abuso de autoridade e interceptações telefônicas.
Ao saírem da reunião, os parlamentares disseram que o ministro demonstrou “boa vontade” em ajudar os trabalhos das comissões. A resposta deve ser dada até o fim de semana, acredita Pellegrino. A eventual audiência com Mendes está prevista para outubro, segundo a assessoria do STF. (Eduardo Militão)