Durante audiência pública esta manhã na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, citou dados sobre a média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que entre 1999 e 2003 foi de 1,8% e entre 2004 e 2006 (levando-se em conta a projeção para este ano) pode chegar a 3,7%.
Meirelles afirmou que o consumo das famílias está crescendo pelo 10o trimestre consecutivo e que o país vem aumentando a capacidade de criar empregos. A média entre 1995 e 2002, disse, foi de 33 mil empregos criados; em 2003, foram 667 mil; e de 2004 até agora, mais de um milhão. “Isso mostra que a política econômica está cumprindo sua meta de gerar emprego”, afirmou o presidente do BC.
Copom
Antes, Meirelles esclareceu que o Comitê de Política Monetária (Copom) é o responsável pela definição da taxa de juros brasileira. O Copom é formado pelo presidente e pelos diretores do BC, que, juntos, fixam as metas de juros para serem cumpridas pelo BC. Segundo ele, o comitê, para determinar as metas de inflação, observa pontos como a evolução da economia global, o cenário doméstico, o mercado de trabalho e monetário, a expectativa dos agentes privados com relação à inflação e os próprios modelos de projeção para a inflação, elaborados pelo BC.
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Henrique Meirelles ressaltou mais uma vez que, além do regime de câmbio flutuante, é importante a autonomia operacional da autoridade monetária, que não está expressa em lei, mas é concedida pelo presidente da República. “O Banco Central é reconhecido internacionalmente por sua excelência e transparência”, declarou.
Ontem, o PT lançou as diretrizes para o segundo governo, que descarta, entre outras proposta, a autonomia operacional para o BC.