O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu que poderá trocar o PSD até pelo MDB, seu destino preferido, para disputar as eleições presidenciais. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Meirelles disse que vem negociando com marqueteiros e que não há que o impeça de disputar a eleição mesmo contra o presidente Michel Temer.
“É absolutamente plausível ter dois candidatos. Nada impediria e verificaríamos quem iria para o segundo turno ou não. Dito isso, acho que a melhor estratégia é ter um único candidato para representar esse programa de reformas que está sendo conduzido. Eu e o presidente estamos juntos nesse projeto e vamos chegar a um acordo”, declarou.
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Meirelles descartou qualquer possibilidade de ser candidato a vice. “A questão que estamos discutindo é qual será o meu partido. [Gilberto] Kassab vai se posicionar em relação a fatos concretos: ter um candidato a presidente da República ou ter candidato a vice-governador de São Paulo. No caso, ele próprio”, afirmou o ministro ao Estado. Ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações e presidente do PSD, Gilberto Kassab negocia a condição de vice na chapa do prefeito João Doria (PSDB) ao governo de São Paulo. Nesse caso, o PSD apoiaria Geraldo Alckmin à Presidência.
Na entrevista, Meirelles diz que a melhor política social que pode defender durante uma campanha eleitoral é a criação de emprego. “Além disso, vamos reforçar e, se necessário, ampliar o Bolsa Família. Recurso para a saúde é fundamental, e, para tanto, é necessário crescimento e aumento da arrecadação. A reforma do ensino médio também foi muito importante. As coisas estão todas interligadas e a economia está no centro.”
O ministro da Fazenda diz não ter receio de ser investigado durante a campanha em razão de sua passagem pela administração da J&F. “Isso não é um problema porque minha carreira é inquestionável. Não é sujeita a nenhum tipo de dúvida ou problema e não há segredo no mercado financeiro de São Paulo. Qualquer pessoa sabe que meu trabalho ali [na J&F] era exclusivamente dedicado à construção da plataforma digital do Banco Original, na marginal do Pinheiros, e não na do Tietê [onde fica a sede da J&F Investimentos].”
>> Veja a entrevista de Meirelles ao Estadão