Ainda sem detalhes, o presidente Michel Temer, primeiro chefe de Estado brasileiro investigado no exercício do mandato e a decretar intervenção federal após a redemocratização (leia a íntegra do decreto), anunciou já para a próxima semana a criação do que chamou de “Ministério Extraordinário da Segurança Pública”. Além da determinação de tropas militares nas ruas do Rio de Janeiro, a ideia do emedebista é colocar logo em funcionamento a nova pasta porque, segundo suas próprias palavras, os problemas do Rio transbordam para o resto do país.
“Seria intolerável continuar a situação que aqui está no Rio de Janeiro, porque ela cria, também, um problema nos outros estados. No instante em que as coisas desandem aqui, a tendência também é desandar nos outros estados”, declarou o presidente em rápido pronunciamento à imprensa, depois de reunião que, segundo informou o deputado Alexandre Valle (PR-RJ) ao Congresso em Foco, durou quase três horas no Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio. Membro da Frente Parlamentar da Segurança Pública, o deputado participou da reunião e disse que Temer estava “animado e otimista” durante as conversas.
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Veja o comunicado de criação da nova pasta:
No vídeo acima, Temer fala por pouco mais de três minutos à imprensa. No registro abaixo, instantes antes do pronunciamento, o presidente falou à mesa da reunião no Palácio da Guanabara em que estiveram, além de autoridades e assessores do executivo fluminense e do Exército, ministros de Estado e parlamentares do Rio de Janeiro. Entre eles o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella (PRB), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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Veja o que disse Temer na reunião no Palácio da Guanabara:
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