O deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) será o relator da matéria no colegiado.
“Estou preocupado diante da magnitude da missão que cabe a mim. Vamos nos respeitar, vamos trabalhar, vamos em frente. Vamos trabalhar pensando nos brasileiros e pensando no Brasil. Porque não existe como vivermos bem, sermos felizes enquanto brasileiros se o Brasil não nos der condições para que isso aconteça”, disse Marun, antes de iniciar os trabalhos da comissão.
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Aliado assumido do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marun ganhou protagonismo no cenário político quando atuou na linha de frente da defesa do ex-presidente da Câmara. No ano passado, Carlos Marun era o principal defensor de Cunha no Conselho de Ética da Casa, e não era raro vê-lo em defesas vigorosas do colega. Em um delas, em 7 de junho, ele chegou a questionar o pedido de prisão de Cunha feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Não acredito que ele [Janot] tenha pedido a prisão. Não existe motivo para isso. A não ser que querer ser absolvido no Conselho de Ética seja crime. Prisão de parlamentar só em flagrante. Sou advogado”, disse o deputado, ao comentar a acusação de que Cunha, àquela época ainda no exercício do mandato, atuava e usava o poder que tinha na Câmara para tentar escapar da cassação.
Mesmo depois de Cunha ter sido preso pela Operação Lava Jato, o novo presidente da comissão especial deixou de apoiar o ex-deputado. Em dezembro de 2016, Marun foi até o Complexo Médico Penal de Pinhais, na capital do Paraná, para fazer uma visita “natalina” a Cunha. Na ocasião, pediu o reembolso das despesas que teve com passagens e hospedagem durante a ida até Curitiba à Câmara.
PublicidadeEntretanto, de acordo com definição da Mesa Diretora, órgão responsável por regular a cota parlamentar, o ressarcimento de valores só é permitido aos deputados em caso de despesas imprescindíveis para o exercício do mandato. Depois da denúncia ser publicada pelo jornal O Globo, Marun afirmou que devolveria cerca de R$ 1,2 mil aos cofres públicos.