Como mostrou o Congresso em Foco, o Bar do Alemão, localizado às margens do Lago Paranoá, foi fechado no dia 5 de agosto com uma dívida de R$ 2 milhões apenas em alugueis. Um dos sócios do deputado no negócio é Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos delatores da Operação Lava Jato.
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Marta exibiu no horário eleitoral gratuito de rádio e TV depoimento de dois ex-funcionários do bar que alegam que Russomanno e os demais sócios não lhes pagaram o que deviam. A peemedebista também questionou o adversário sobre o assunto no debate da TV Record.
O candidato do PRB acusa a concorrente do PMDB de ter dado dinheiro a ex-empregados do bar para gravar “mentiras” contra ele na TV e no rádio. Segundo Russomanno, todos os débitos trabalhistas foram quitados, com exceção daqueles que são alvo de ação judicial. “Se eu tinha 70 funcionários e fui alvo de ação trabalhista, isso é comum. Quero ver qual é o empresário deste país que não tem uma ação trabalhista? Mas condenação não tenho nenhuma”, disse. Ele afirmou que pretende acionar judicialmente a adversária por crime eleitoral.
O deputado divulgou áudio em que um ex-funcionário do bar diz ter sido procurado por um assessor de Marta para, segundo o candidato”, “criminosamente, tentar forjar uma denúncia” contra ele. A assessoria de Russomanno ainda gravou depoimentos com oito ex-empregados do Bar do Alemão que dizem ter recebido todos os direitos trabalhistas. “Está tudo certo”, afirma uma das ouvidas. Ele também exibiu comprovantes de pagamentos a ex-funcionários.
Marta negou ter cooptado qualquer funcionário. “Cooptar é pagar. Ninguém foi pago”, declarou a candidata, conforme relato do jornal do O Estado de S.Paulo. “Como ele disse que era mentira lá no último debate, nós enviamos pessoas a Brasília para ver se achávamos algum garçom que tem processo contra ele. Achamos três que têm processo contra ele. É só ver na Justiça. Ele manipula. Ele mente. Ele continua com propaganda enganosa”, devolveu a peemedebista.
PublicidadeO juiz Jerry Teixeira foi o responsável por aceitar o pedido de despejo feito pela Construcen, proprietária do prédio onde funciona o bar. De acordo com os advogados da administradora de imóveis, “não havia outra medida a ser tomada”. “Tentamos negociar várias vezes, mas os donos do bar nunca pagaram”, disse o advogado da empresa, André da Mata.Funcionários do estabelecimento afirmaram, em agosto, que estavam sem receber os 10% das gorjetas pagas pelos clientes desde janeiro deste ano.