A CPI dos Cartões deu início, há pouco, à reunião em que deve ser votado requerimento que solicita a acareação entre o consultor legislativo do Senado André Fernandes e o ex-chefe de Controle Interno da Casa Civil José Aparecido Nunes.
Na abertura dos trabalhos, deputados e senadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao senador Jefferson Péres (PDT-AM), morto na última sexta-feira.
Após a homenagem, a presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) questionou a veracidade do depoimento da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que depôs na CPI no início de maio. Em resposta, aliados do governo defenderam a ministra e atacaram a senadora, cobrando dela maior isenção.
"Sabemos que foi feito um dossiê, onde foi feito e quem coletou os dados. A ministra Dilma [Rousseff, da Casa Civil] não falou a verdade, ao negar a existência do dossiê, quando veio ao Senado. Mas ainda não sabemos quem mandou fazer o dossiê e por que foi feito", disse Marisa ao defender a realização da acareação entre os dois assessores.
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O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI, rechaçou as acusações da senadora e afirmou que é contrário ao requerimento que pede a acareação entre Fernandes e Aparecido. Em depoimento à CPI, o ex-assessor da Casa Civil disse que encaminhou por descuido planilha com dados de gastos do ex-presidente Fernando Henrique para o assessor do senador tucano. Já Fernandes alegou que, ao mandar o e-mail, o colega tinha a intenção de intimidar o PSDB.
Governistas prometem apresentar amanhã uma parcial do relatório final. O deputado governista Carlos William (PTC-MG) culpou a oposição pelo fim "sem sucesso" da CPI dos Cartões. "Essa CPI não andou, ela está capengando. Não há dúvida de que hoje é o enterro da CPI. E isso é culpa da oposição que só quis aprovar requerimentos para apurar os erros do governo", disse. (Renata Camargo)
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