O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou hoje que é impossível para o governo conciliar o aumento do salário mínimo para R$ 350 com a antecipação do pagamento para março e o reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR) em 10%, como pleiteado ontem em reunião com as centrais sindicais.
Segundo Marinho, a antecipação do pagamento para março custaria cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos. "Nós estamos fazendo todos os cálculos, refazendo tudo, olhando e vendo o impacto que isso dá no orçamento. Me parece não ser possível, mas quem vai tomar essa decisão é o presidente Lula", afirmou.
Ontem, durante reunião com sindicalistas, o ministro recebeu a proposta da classe de elevar o salário mínimo dos atuais R$ 300 para R$ 360. Como a proposta foi rejeitada, as centrais sindicais apresentaram uma alternativa: que o mínimo fique em R$ 350, porém, com pagamento a partir de março, e não maio, e mediante o reajuste da tabela do IR em 10%.
Marinho considerou boa a reunião realizada com as centrais e declarou que um acordo com a categoria está em negociação. "O resultado da reunião caminha para um ponto possível para chegarmos a um acordo", ressaltou. Na próxima quinta-feira (19), o ministro se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir as reivindicações dos sindicalistas.
Leia também