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“Juntamente com todos os integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB. Para nós, isso é um equívoco”, afirmou a ministra na nota. Ela defende que o PSB lance candidatura própria em São Paulo contra a “velha polarização PT-PSDB”. Segundo a ex-senadora, o partido precisa compreender que o desejo de mudança, expresso na candidatura de Eduardo Campos, também deve alcançar a política paulista. Os tucanos governam o estado há duas décadas.
Marina se filiou ao PSB em outubro do ano passado, depois de não conseguir reunir o total de assinaturas exigidas para a criação da Rede Sustentabilidade. Pelo acordo firmado à época, integrantes da Rede vão concorrer nestas eleições pelo PSB. E devem deixar a legenda, após a disputa eleitoral, assim que o novo partido for oficializado. A chapa Eduardo Campos e Marina Silva deve ser confirmada em convenção partidária a ser realizada ainda este mês.
Veja a íntegra da nota de Marina:
“Juntamente com todos os integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB. Para nós, isso é um equívoco. Consideramos necessário manter independência e lançar uma candidatura própria, que dê suporte ao projeto de mudança para o Brasil liderado por Eduardo Campos, e que dê ao povo de São Paulo a chance de fazer essa mudança também no âmbito estadual.A Rede Sustentabilidade não seguirá essa indicação. Em todo o país, estamos debatendo o assunto e apoiando nossos companheiros de São Paulo na busca de uma alternativa que supere a velha polarização PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo à candidatura de Eduardo Campos, que demonstre uma nova forma de fazer política e, principalmente, que represente os ideais de democracia e sustentabilidade expressos no programa de nossa Aliança.Esperamos que os companheiros do PSB, em sua convenção estadual, não levem adiante essa proposta. Nesse sentido, manteremos o diálogo aberto e respeitoso. Mas, desde já, deixamos clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos caminho próprio e independente em São Paulo.A nova força política que emerge no Brasil, interpretando o desejo de mudança tantas vezes manifestado por milhões de pessoas, encontrará também em São Paulo sua legítima expressão.
Marina Silva”