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“Não se pode fazer um discurso para ganhar e outro para governar. É preciso ter coerência e fazer aquilo que é necessário”, afirmou, sem citar o nome da presidente. “Vivemos uma grave crise econômica que precisa ser enfrentada com transparência, com medidas que não é o mundo cor de rosa do marketing eleitoral e que a população tinha o direito de saber que problemas graves estavam acontecendo em relação à nossa economia”, acrescentou a ex-senadora, de acordo com o Globo.
Em 2013, o TSE negou o reconhecimento da Rede Sustentabilidade como partido. Faltaram 49 mil assinaturas certificadas. Outras 668 mil foram enviadas aos cartórios, mas não foram validadas em tempo. Logo em seguida, a presidente Dilma sancionou lei aprovada no Congresso que inibiu o surgimento de novas siglas ao restringir o acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV apenas após a participação dessas legendas em sua primeira eleição.
“Nós coletamos para o registro da Rede 910 mil assinaturas. Infelizmente, pelas razões que vocês conhecem, muitas das nossas fichas foram anuladas e não conseguimos o nosso registro a tempo de usarmos os mesmos benefícios da lei que foram dispostos aos partidos que foram cunhados recentemente. A forma de cancelar as nossas assinaturas injustamente nos fez ir para um sistema em que a Rede provavelmente não terá o tempo de TV e fundo partidário como outros partidos têm”, reclamou ontem Marina, em evento promovido pela Rede no Rio de Janeiro, relata O Globo.
O número de assinaturas exigidas para a criação de um novo partido caiu. Como diminuiu o número de pessoas que votaram na última eleição, a quantidade de assinaturas necessárias para formalizar a criação de um partido político também se reduziu. Agora, é preciso recolher 483 mil apoios, contra 491 mil de 2013.
Sem a Rede Sustentabilidade, Marina filiou-se ao PSB, a convite do então governador pernambucano Eduardo Campos, de quem se tornou candidata a vice-presidente da República. Com a morte de Eduardo, em um desastre aéreo em agosto do ano passado, Marina passou à condição de cabeça de chapa. Depois de figurar em diversas pesquisas como nome mais provável para enfrentar Dilma no segundo turno, acabou perdendo fôlego nas semanas que antecederam as eleições e foi superada por Aécio Neves (PSDB). Marina obteve 22.176.619 votos (21,32% dos válidos) e terminou na terceira colocação.