“Jovens que estão votando pela primeira vez não têm como ter seu nome no caderno das últimas eleições, os idosos que têm voto facultativo não estão no caderno das últimas eleições, as pessoas que se abstiveram ou justificaram seus votos não estão no caderno das últimas eleições. E essas assinaturas foram invalidadas. Temos 95 mil assinaturas invalidadas sem justificativa”, reclama.
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A ex-ministra do Meio Ambiente diz acreditar que o TSE irá reparar a “falha dos cartórios”. Segundo ela, desde fevereiro, quando foi deflagrado o processo de criação do novo partido, 12 mil voluntários recolheram 910 mil assinaturas de apoio à nova legenda. Desse total, 668 mil foram encaminhadas aos cartórios. “Muitos partidos se institucionalizam para depois ganhar representação social. Fizemos exatamente o contrário. Ganhamos representação social no país inteiro e depois buscamos a institucionalização”, ressalta. “Queremos o registro legal de um novo partido político para defender a democratização da democracia, a Rede Sustentabilidade”, acrescenta.
Dia D
O Ministério Público Eleitoral apresentou anteontem (1º) parecer contrário à criação do novo partido. Para o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, a Rede Sustentabilidade não conseguiu provar o número mínimo de assinaturas para conseguir a autorização. A criação de um partido político depende do apoio mínimo de 492 mil pessoas, cujas assinaturas precisam ser reconhecidas e validadas pelos cartórios eleitorais. Eugênio Aragão disse que parecer foi dado sob “certo pesar” por entender que há um “filtro ético” na legenda da ex-ministra. O caso é relatado no TSE pela ministra Laurita Vaz, que ainda não divulgou seu parecer.
Em outubro de 2010, Marina Silva, então no PV, foi a terceira colocada na eleição presidencial. Obteve 19,6 milhões de votos. Ficou atrás apenas de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que avançaram para o segundo turno. Após desentendimento com a direção do Partido Verde, ela deixou a legenda. Convidada por outras siglas, preferiu apostar na criação de um novo partido para disputar, pela segunda vez, a Presidência da República em 2014. Outros partidos, como o PPS e o PEN, já ofereceram abrigo para a ex-ministra caso ela não consiga o registro da Rede. Hipótese, por enquanto, afastada por Marina.