Leia também
Sikis disse que Marina – “uma extraordinária líder popular” – comete erros. “Às vezes falha com operadora política comete equívocos de avaliação estratégica e tática, cultiva um processo decisório ad hoc e caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais.”
O deputado disse que não se enquadra na categoria dos seguidores que não fazem críticas fortes, embora ainda a tenha como sua candidata em 2014. “Ficarei com Marina como candidata presidencial porque ela é a nossa voz para milhões de brasileiros, mas não esperem de mim a renúncia à lucidez e uma adesão mística incondicional, acrítica.”
O deputado afirma que o perfil de Marina atrapalha porque se assemelha ao de alguns líderes populistas, “embora deles se distinga por uma generosidade e uma pureza d’alma”. Sirkis diz que a ex-ministra “reage mal a críticas e opiniões fortes”
Sirkis diz ter uma tendência ao “sincericídio”. “Nesse sentido não sou um ‘bom politico’. Desculpem o mau jeito”, afirmou ele, em uma espécie de explicações prévias aos colegas da Rede.
O texto foi publicado horas depois de Sirkis deixar o apartamento de uma amiga de Marina, onde seus aliados discutiram durante a madrugada de hoje meios de reverter o quadro. Segundo relatos do jornal O Estado de S.Paulo e do portal G1, Marina e Sirkis tiveram um momento de tensão quando ele mencionou a existência de “evangélicos de direita” na Rede. Marina teria questionado se o deputado a considerava direitista pelo fato de ser evangélica. O deputado deixou a reunião antes de seu término, às 5h da manhã de hoje.
PublicidadeNo artigo, Sirkis avalia que o TSE e o PT agiram para abater a candidatura de Marina, ao liberar partidos com problemas de fraudes, como Pros e Solidariedade. “Aos amigos, tudo, aos inimigos, a Lei”, disse ele, repetindo um bordão. “E o PT já tinha avisado que ‘abateria o avião de Marina na pista de decolagem’.”
No entanto, o deputado afirma que ele e os colegas da Rede “deram mole”. Um dos erros, segundo ele, foi acreditar que o TSE reverteria a decisão dos cartórios de invalidar assinaturas não reconhecidas por terem sido feitas por eleitores que não participaram das últimas eleições. “Para mim, não foi surpresa alguma, nunca foi uma questão de fé – Deus não joga nesta liga”, afirmou.
Leia a íntegra do artigo de Sirkis