Eduardo Militão
Em discurso no plenário, o presidente da Câmara e candidato à reeleição, Marco Maia (PT-RS), disse que as emendas parlamentares ao orçamento devem ser valorizadas. Segundo o petista, elas não servem apenas para fins eleitorais, “não apenas por uma visão corporativa”. “São um importante instrumento para socializar recursos e melhorar a vida do povo”, afirmou Maia.
O candidato disse que vai lutar para manter a efetividade das emendas. No fim do ano passado, diversas autoridades – como o ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage – voltaram a defender o fim das emendas individuais para pôr fim a desvios de dinheiro ao orçamento, como as irregularidades nos ministérios do Turismo e da Cultura.
Maia chamou os deputados de “irmãos” e “parceiros”. O discurso dele foi acompanhado por uma parcela dos colegas, em sua maioria petistas e demais deputados da base aliada, que o aplaudiam em alguns momentos, quando defendeu que o Congresso se voltasse para o combate à pobreza. O presidente do PT, o ex-senador José Eduardo Dutra (SE), acompanhava o discurso.
O candidato tem o apoio do Palácio do Planalto e de 21 dos 22 partidos da Câmara.
Antes deles, Sandro Mabel (PR-GO), também defendeu a manutenção das emendas. Afirmou que é preciso construir o Anexo V para abrigar os gabinetes dos colegas. “O anexo III parece o Carandiru”, disse Mabel.
Ameaçado de expulsão do partido, que apoia Maia, o deputado fez questão de dizer que é amigo da presidente Dilma Rousseff (PT). “Sempre fui governo”, disse.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) defendeu, entre outros itens de uma “pauta rica”, o repasse de 7% do PIB para a educação e a defesa do meio ambiente. Ele afirmou que o Congresso deve lutar pela ética. “O parlamento não pode ser a casa do nepotismo”, reclamou Alencar.
A votação deve começar nos próximos minutos.
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