O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, declarou oficialmente, às 19h32, a reeleição do presidente Lula (PT). Com 90% das urnas apuradas, o petista tem 60,54% dos 125,6 milhões de votos, contra 39,46% do presidenciável tucano, Geraldo Alckmin – diferença que, matematicamente, não pode mais ser revertida.
“Os votos que faltam não cobrem essa diferença. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está reeleito”, declarou. “Todo poder emana do povo. O povo brasileiro quis a reeleição do atual presidente da República”, ressaltou.
Marco Aurélio lembrou que a expectativa era chegar a contagem de 90% dos votos somente às 22h e ressaltou a rapidez na apuração. Segundo ele, isso foi possível porque as eleições correram sem contratempos na maior parte dos municípios. “Nós tivemos um pleito em ordem e com a observância de princípios”, afirmou.
Mais cedo, ao registrar seu voto, o ministro disse ter votado no candidato que venceria a eleição. Questionado se apoiou a reeleição de Lula, foi categórico: “O voto continua secreto”.
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O ministro criticou mais uma vez a reeleição. Afirmou que cabe ao Congresso dar a última palavra, mas voltou a dizer que é contrário ao dispositivo. “Na minha ótica seria um avanço e não um retrocesso [o fim da reeleição]. É muito difícil separar a figura do presidente com a do candidato”, avaliou.
Urnas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que 2.499 urnas eletrônicas foram substituídas até as 19h deste domingo. O número corresponde a 0,69% das 361.431 urnas. O tribunal trabalha com uma margem de 1% de equipamentos trocados. Em 2002, mais de 3,4 mil terminais apresentaram problemas.
Em números absolutos, o maior número de substituições ocorreu em São Paulo, com 484. Em dados proporcionais, Sergipe registrou o maior prejuízo, com 2,91% de substituições. No país, 77 seções tiveram de apelar para o voto em cédulas de papel – três vezes menos que nas eleições passadas.