Fábio Góis 

Depois do anúncio da “irrevogável” renúncia da liderança do PT por parte do senador Aloizio Mercadante (SP), que permanece líder de uma legenda em crise e com dois desfalques (Marina Silva e Flávio Arns), o terceiro secretário da Mesa Diretora, Mão Santa (PMDB-PI), usou a tribuna para negar o inegável.

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“Esse negócio de [ato administrativo] secreto… não tem nada de secreto, não, isso é palhaçada”, disse o senador piauiense, no já tradicional discurso de sexta-feira para um plenário vazio. “Perdeu, a imprensa perdeu essa parada aí que se baseou [sic]… não existe, quem diz sou eu para os jornalistas todos. Isso é palhaçada, acabem com isso!”

Como é praxe, Mão Santa criticava o governo Lula entre um “atentai bem, Luiz Inácio!” e alguns tapas na mesa da tribuna, quando, ao minimizar a crise que mina a produção legislativa do Senado desde fevereiro – quando o atual presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), tomou posse para se tornar o protagonista da crise –, afirmou:    

“E este Congresso é bom. Nós somos bons. E eu digo que somos bons porque nós nos conhecemos”, disse o senador, recebendo aparte do “homem de vergonha do Partido dos Trabalhadores”, senador Paulo Paim (RS), o único espectador nas cadeiras azuis do Senado além de Geraldo Mesquita (PMDB-AC).

De concreto, Mão Santa solicitou e leu, ainda na tribuna, um voto de pesar por ocasião da morte da mãe da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), o que aconteceu na manhã desta sexta-feira (28). O comunicado do falecimento, por telefone, foi feito pela própria senadora a Paim, que repassou a notícia ao plenário.

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