Manuela solicitou à PGR que tome as devidas providências para rastrear a origem das mensagens e identificar o autor para que os dados sejam repassados à Justiça como provas à Justiça. Ontem (2) à noite, a deputada comentou o assunto em seu perfil no Facebook.
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“Boa noite! Estou aqui na sessão na Câmara votando uma Medida Provisória e queria compartilhar com vocês a decisão que tomei de ir a Procuradoria Geral da República pedir investigação de um perfil de twitter que me ameaça repetidas vezes de estupro. É cansativo, perdemos energia… Mas precisamos mostrar para essa turma que a internet não é terra de ninguém. Que as ameaças aqui também tem consequências. Lutar por uma cultura de paz, mais solidária é, muitas vezes, duro, cansativo… Mas vale a pena. Boa noite!”
No último dia 30, Manuela publicou duas fotos – uma atual e outra de quando era criança – com a mensagem “Eu não mereço ser estuprada” (veja ao lado). O movimento foi iniciado pela jornalista Nana Queiroz, de Brasília, logo após a divulgação de pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostrou que 58% dos entrevistados acreditam que “se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros”.
De acordo com o Ipea, 65,1% dos entrevistados manifestaram concordância, parcial ou total, com a afirmação “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Em repúdio ao resultado da pesquisa, milhares de pessoas aderiram à campanha, publicando fotos, nas redes sociais, contra a violência sexual.