O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (20) que um eventual segundo governo do presidente Lula ganhará um caráter mais desenvolvimentista. No entanto, o ministro ressaltou que não será deixada de lado a responsabilidade com as contas públicas.
"Vamos manter o superávit primário, diminuir a relação dívida/PIB, portanto a dívida vai ser diminuída, só que de uma maneira desenvolvimentista, que é diferente da maneira ortodoxa. A maneira ortodoxa vai lá e faz um corte de 3% em cima de cortes que já vêm sendo feitos. Porque são quatro anos que nós fazemos superávit primário, portanto renunciamos a gastos e despesas que poderíamos fazer com aqueles R$ 90 bilhões a cada ano", declarou o ministro.
"A responsabilidade fiscal veio para ficar. Agora, não precisamos aprofundá-la, porque aprofundá-la significa desequilibrar esse modelo desenvolvimentista que combina responsabilidade fiscal com programas sociais e melhoria das condições de vida da população", afirmou Matega.
O ministro também criticou o corte de gastos proposto pelo presidenciável do PSDB. Geraldo Alckmin, classificando a proposta tucana de "ortodoxa". "A prioridade no segundo mandato é o crescimento vigoroso da economia, a geração de empregos, o combate à desigualdade social", destacou. (Rodolfo Torres)
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