O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a edição de mais uma medida provisória para combater os efeitos da crise internacional. Ele afirmou, na manhã de hoje (30), que a MP sai amanhã e vai dar capital de giro para o setor de construção.
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Mantega não explicou os detalhes da norma. Mas ontem (29) a equipe econômica tinha definido um aporte de R$ 3 bilhões a R$ 10 bilhões no setor.
Para isso, os bancos teriam permissão para reservar parte dos depósitos da poupança para emprestar para a construção de civil. No caso da Caixa Econômica, isso significaria R$ 3 bilhões. Se todos os bancos privados adotarem a linha de crédito, o valor disponível subiria para R$ 10 bilhões.
Mantega fez o anúncio depois de uma pergunta irônica do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Ele reclamou do atraso do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, à audiência na CAE. “Da última vez que ele atrasou, saiu uma MP. Quero saber se vai ter uma MP”, disse o senador.
Na semana passada, ao falarem na Câmara dos Deputados sobre a crise, Meirelles deixou o ministro da Fazenda e foi “acompanhar o fechamento dos mercados financeiros”. No outro dia, os parlamentares foram surpreendidos com uma medida provisória que permitia ao governo comprar bancos em dificuldades financeiras.
Hoje, Mantega disse que as saídas do presidente do BC se deviam a uma turbulência nos mercados naquele dia. “Hoje está mais tranqüilo”, afirmou o ministro da Fazenda. Meirelles ainda não chegou à audiência na CAE. (Eduardo Militão)
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