Mário Coelho
O Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal voltou a ser invadido por manifestantes nesta quarta-feira (2). Cerca de 20 minutos após o encerramento da sessão, um grupo de jovens derrubou a porta de madeira que permite o acesso ao plenário e invadiu o local. Não houve confronto com a polícia legislativa.
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O novo protesto ocorreu logo após os deputados distritais lerem em plenário o pedido de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de operar um esquema de pagamento de propina a secretários e deputados da base aliada. Ao todo, o governador já conta com seis pedidos de investigação protocolados.
Na segunda invasão, cerca de 100 estudantes tomaram de assalto o plenário. A primeira deliberação deles foi se a imprensa poderia acompanhar a manifestação. Em assmebleia, a maioria decidiu pela permanência dos jornalistas. Neste momento, cerca de 30 permanecem no local.
Fora das dependências da Câmara, pelo menos outros 100 estudantes dão apoio aos que estão no plenário. A assessoria do presidente em exercício da Câmara, Cabo Patrício (PT), informou que nenhuma ação será tomada até a manhã desta quinta-feira (3). O petista afirmou aos estudantes, antes da invasão, que a atitude poderia prejudicar o trâmite dos processos contra Arruda.
Apesar de garantir que eles não serão retirados do plenário, a segurança da Casa está reunida para tomar providências. Chegou a ser cogitado o corte de energia elétrica e de água. Essas medidas, entretanto, não foram tomadas até o momento.
Durante toda a tarde, o clima foi tenso na Câmara. Por volta das 15h, cerca de 150 manifestantes já haviam invadido a Casa em protesto contra as denúncias de corrupção no governo Arruda.