O protesto reuniu cerca de 800 manifestantes, que saíram de uma estação de metrô e percorreram as ruas de Águas Claras usando camisetas brancas com a foto do jovem assassinado. Durante o percurso até a casa do governador, os manifestantes carregaram faixas com frases sobre o fim da violência e pediram que os moradores colocassem lençóis brancos nas janelas para simbolizar a paz. Eles também gritavam palavras de ordem contra Agnelo. “Vem governador, vem para rua o senhor”, bradaram.
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Ao chegarem em frente à residência oficial, os moradores fizeram ato em homenagem à família de Leonardo Almeida. Familiares e amigos deram as mãos e fizeram uma oração, que foi seguida por uma salva de palmas. A mãe do jovem, Ana Cleide, fez discurso emocionado para lembrar o tempo que dedicou ao filho. “Quero dizer que estou feliz por este movimento, Embora seja de uma forma trágica, mas é pelo reconhecimento da vida do meu filho. Para mim, ele não acabou. Eu estou aqui porque creio que ele ainda continua em mim. No princípio, eu pensei que tivesse perdido minha vida, senti vontade de pular do prédio também para me junta a ele. Mas, eu criei forças e estou aqui para lutar pelo nome dele”, afirmou.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, do dia 1º de janeiro até a manhã dessa quinta-feira (30) ocorreram 68 homicídios, 19 a mais do que em janeiro do ano passado. Na média, são mais de duas mortes violentas por dia. O grande número de homicídios é provocado por uma operação tartaruga, iniciada em outubro de 2013, feita por alguns policiais militares para pressionar o governo a dar reajuste salarial, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios a PMs em atividade e a policiais da reserva. O movimento consiste em diminuir a resposta em situações de crime e violência.
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