Um grupo de manifestantes se posicionou em frente à rampa que dá acesso à Câmara para pedir a cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), acusada de ter recebido dinheiro do pivô e delator do esquema do mensalão do ex-governador José Roberto Arruda, Durval Barbosa.
Cerca de 50 pessoas fizeram uma “lavagem” simbólica, com água e sabão, na frente do Congresso. A maioria delas usava camiseta preta com a inscrição “Fora, Jaqueline Roriz”. A expressão também faz parte de pichações, faixas e cartazes espalhados pela Esplanada dos Ministérios.
Os deputados devem votar esta tarde o relatório do Conselho de Ética que recomenda a cassação da parlamentar por quebra de decoro. Um vídeo filmado em 2006 e divulgado há seis meses mostra Jaqueline recebendo R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa. A deputada alega que o dinheiro foi usado em sua campanha eleitoral e que não pode perder o atual mandato por causa de uma denúncia referente a um período em que ela não era parlamentar.
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A votação está prevista, mas ainda não é 100% certo que ela acontecerá. O parecer do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), relator do caso no Conselho de Ética, que recomenda a cassação de Jaqueline, já consta na pauta do plenário da Câmara. Ele tramita em regime de preferência. Ou seja, pode ser votado na frente de todas as outras propostas, inclusive medidas provisórias. No entanto, não tranca a pauta da Casa, inviabilizando as votações de medidas provisórias, por exemplo.
Por acordo de líderes, seria possível colocar outras matérias na frente. Está marcada para as 15h uma reunião das lideranças que deve selar o começo da análise da cassação. Se a reunião de líderes ratificar a votação da cassação, a sessão deverá começar às 16h.
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