O ESTADO DE S.PAULO
Presidente do Conselho de Ética emprega ”fantasma”
Um assessor do recém-eleito presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), é funcionário fantasma do próprio órgão há mais de oito meses. O advogado Luiz Eustáquio Diniz Martins foi transferido do gabinete de Duque para o Conselho de Ética em 19 de novembro do ano passado com um salário de R$ 5 mil. Martins, no entanto, mora no Rio de Janeiro e não cumpre expediente no órgão.
Duque não integrava o Conselho de Ética quando transferiu o assessor de seu gabinete. Em novembro do ano passado, seu nome passava longe de qualquer especulação para presidir esse colegiado, responsável por investigar a conduta parlamentar. Ontem, o Estado procurou Luiz Eustáquio Martins na sala onde ficam os funcionários do Conselho de Ética. No local, a reportagem apurou que ninguém conhece o advogado.
O chefe de gabinete de Paulo Duque, Zacheu Barbosa Teles, admitiu que Martins, na verdade, é assessor do senador, e não do Conselho de Ética.
“É assessor há muitos anos”, afirmou. O advogado foi parar no órgão, segundo Zacheu Teles, para resolver um problema de falta de vaga no gabinete de Duque. “Foi um negócio de vaga, alguma coisa assim, foi preciso fazer umas trocas”, explicou.
Por Sarney, Planalto desautoriza petistas
Preocupado em perder o apoio do PMDB na CPI da Petrobrás, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desautorizou ontem o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP). Em reunião do grupo de coordenação do governo, Lula afirmou que mantém o aval ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e disse que a nota assinada por Mercadante na sexta-feira, reiterando o pedido de licença do aliado peemedebista, não reflete a posição do PT.
Articulador político do Planalto, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, não escondeu a contrariedade de Lula com o líder do PT. “O que nós avaliamos é que isso não é um movimento do PT”, insistiu Múcio. “Imaginamos que seja o posicionamento de um ou dois senadores.”
O movimento do governo tem o objetivo de conter o mal-estar provocado no PMDB com a nota divulgada por Mercadante há quatro dias. No texto de dez linhas, o senador considerou “grave” a revelação de que Sarney – alvejado por uma avalanche de denúncias – atuou para que o então diretor-geral do Senado Agaciel Maia reservasse uma vaga para Henrique Bernardes. O contratado era namorado de Maria Beatriz, neta de Sarney, conforme revelou o Estado.
Petistas reagem e dizem que maioria quer licença
Senadores do PT não demoraram ontem para reagir à estratégia do Planalto de minimizar o apoio da bancada ao afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Algumas horas após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reunir a coordenação política do governo para discutir a nota do líder Aloizio Mercadante (SP), petistas não apenas reforçaram a proposta de licença, como cobraram do governo que respeite a posição.
Sem economizar nas críticas, o senador Flávio Arns (PR) disse que a posição da bancada é “totalmente contrária” à do presidente Lula, mas nem por isso pode ser desconsiderada. “A bancada é uma coisa, o presidente da República é outra.” As críticas mais duras, entretanto, foram endereçadas ao ministro José Múcio Monteiro (PTB), que fez o papel de porta-voz do encontro. Arns disse que o ministro teve uma postura “absolutamente equivocada” ao dizer que o pedido de licença refletia a vontade de “um ou dois senadores”. “Repudiamos declarações desta natureza, que só fazem colocar a bancada numa posição que não condiz com o que a sociedade espera de nós.”
Peemedebista é o que mais falta a sessões
Envolvido numa série de suspeitas de irregularidades, que vão do tráfico de influência para nomear parentes ao uso de atos secretos e desvio de verbas públicas, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi o senador mais faltoso às sessões deliberativas da Casa no primeiro semestre. De acordo com levantamento feito pelo portal Congresso em Foco, das 60 sessões, Sarney faltou a 17. O senador mais assíduo foi Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que apesar dos 85 anos e de ter dificuldades de locomoção, apareceu em todas as votações.
Nota de Mercadante deixou situação do presidente da Casa mais frágil
A situação do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ficou mais frágil depois que a bancada do PT decidiu pedir formalmente seu afastamento do cargo. Apesar de terem sido enquadrados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os senadores petistas se rebelaram e querem a renúncia de Sarney.
Se a saída do PT da base de apoio ao presidente do Senado for concretizada, os governistas estão certos de que ficará cada vez mais difícil manter a maioria dos senadores em sua defesa. Hoje, Sarney ainda contaria com o apoio de 45 senadores – alguns até do PT, uma vez que a bancada do partido está dividida. Mesmo assim, entre eles 37 terão de disputar eleição para renovar o mandato no ano que vem, o que os deixaria mais suscetíveis à mudança de opinião.
Máfia teria falsificado passagens, diz relatório
O relatório final da sindicância que investigou a venda irregular de bilhetes aéreos na Câmara mostra que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Eros Grau foram vítimas do esquema que ficou conhecido como “máfia das passagens”. Os dois viajaram com passagens retiradas das cotas dos deputados Fernando de Fabinho (DEM-BA), Paulo Roberto (PTB-RS) e Fernando Coruja (PPS-SC).
O presidente do Supremo e sua mulher, Guiomar, compraram com dinheiro próprio, em uma agência de turismo, as passagens aéreas do trecho São Paulo-Nova York-São Paulo. Porém, os tíquetes foram retirados pela empresa de viagem das cotas dos deputados Paulo Roberto e Coruja.
Cardozo é cotado para Justiça
O deputado José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP) é hoje o nome mais cotado para substituir o ministro da Justiça, Tarso Genro, que deixará o cargo em janeiro para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul. Integrante do grupo de Tarso, Martins Cardozo conta com a simpatia da ministra Dilma Rousseff, mas enfrenta resistências no PT. O presidente Lula ainda não bateu o martelo. O problema, no seu diagnóstico, é o controle da Polícia Federal, subordinada à Justiça e fonte de eterna preocupação para o Planalto. (págs.1 e A10)
O GLOBO
Governo defende Sarney e desautoriza Mercadante
Após reunião com o presidente Lula, o ministro José Múcio Monteiro afirmou que a nota divulgada pelo líder do PT, Aloizio Mercadante, semana passada, pedindo o afastamento de José Sarney da presidência do Senado não representa o pensamento da bancada do partido. No encontro, a nota foi classificada de inoportuna. O ministro reiterou o apoio do governo a Sarney, mas, para evitar desgaste do presidente Lula, a defesa pública do senador caberá agora à direção petista, que tentará enquadrar os parlamentares na orientação do Planalto. Sarney, passou o dia ontem em São Paulo, com a mulher, dona Marly, que sofreu uma cirurgia. A amigos, ele descartou a hipótese de renúncia e disse que, se cometeu crime ao contratar um parente, outros senadores também o fizeram.
TCU investiga erro em fiscalização de ferrovia
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu processo para apurar falhas na fiscalização da Ferrovia Norte-Sul. Relatório da PF levantou a suspeita de que um servidor do tribunal possa ter tentado beneficiar o grupo ligado a Fernando Sarney, interessado na obra.
Mulher de Cid Gomes viaja às custas do estado
Embora não tenha cargo no governo do Ceará, a mulher do governador Cid Gomes (PSB), Maria Célia, viajou ao Egito e a Portugal com passagens de primeira classe, diárias e ajuda de custo pagas pelos cofres do estado. Oficialmente, ela estava representando o governo.
Déficit nas contas externas caiu 58%
A crise reduziu remessas de lucros e dividendos, ajudando a melhorar as contas externas brasileiras, que fecharam o semestre com déficit de US$ 7 bilhões, 58% menor.
Família reclama de omissão do Itamaraty
A família do brasileiro Gabriel Buchmann, desaparecido há 11 dias numa trilha do Monte Mulanje, no Malawi (África), acusou o governo de se negar a custear as buscas.
FOLHA DE S.PAULO
Recessão no Brasil acabou em maio, avaliam bancos
Estudos de grandes bancos apontam expansão da economia do país após dois trimestres de retração, que caracterizaram recessão. Segundo o Bradesco, até maio, o PIB do segundo trimestre já subira 1,7% ante o do período de janeiro a março. Economistas do Itaú Unibanco detectaram, também em maio, alta de 2,3% em relação ao mês anterior.
Governo minimiza nota do PT pela saída de Sarney
O governo Lula considerou ato isolado de “um ou dois senadores” a nota divulgada pela bancada do PT no Senado pedindo o afastamento temporário do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e manteve o apoio ao peemedebista.
Em conversa com aliados, o presidente Lula disse que o ideal é que Sarney resista à crise e vai trabalhar por isso, mas avalia que a situação pode ficar insustentável e levá-lo a renunciar à presidência.
Contratação de parentes e aliados por meio de atos secretos, ingerência do seu filho Fernando Sarney em contratações e suspeitas sobre o uso de recursos públicos na fundação que leva seu nome colocaram o senador no centro da crise.
Lula disse a assessores temer a batalha que será criada no Senado, se Sarney renunciar, em torno da sucessão, colocando em lados opostos PMDB e PT e dividindo a base aliada nos trabalhos da CPI da Petrobras.
Sarney foi o senador que mais faltou no primeiro semestre
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi, segundo o site “Congresso em Foco”, o senador que mais faltou no primeiro semestre deste ano: ele não marcou presença em 17 das 60 sessões deliberativas (ordinárias ou extraordinárias) e não justificou as faltas. Depois de Sarney, os senadores mais faltosos foram Wellington Salgado (PMDB-MG), com 12 ausências, e José Agripino (DEM-RN), com 9.
Em SP, Sarney conta os votos no Conselho de Ética
Mesmo após passar a noite em claro para acompanhar a cirurgia a que sua mulher, Marly, fora submetida, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), dedicou o dia de ontem a articulações políticas.
Pela manhã, o senador pediu que fosse enviada para São Paulo a relação dos integrantes e suplentes do Conselho de Ética do Senado, órgão responsável pelo julgamento de representações contra os parlamentares, e contabilizou quem está a seu lado e quem está contra ele.
Sócio de Dantas fez doação para Sarney
O senador José Sarney (PMDB-AP) recebeu em 2006, como doação para a campanha que o reelegeu, R$ 270 mil do empresário Richard Klien, sócio do banqueiro Daniel Dantas, indiciado pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, e condenado no ano passado por corrupção pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
A filha do senador, Roseana, recebeu de Klien mais R$ 240 mil para sua candidatura derrotada ao governo do Maranhão -ela acabou tomando posse em abril, depois que o eleito foi cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O clã Sarney ficou com 83% do total doado pelo empresário em 2006 -17% dos gastos totais da campanha de Sarney.
Palocci e Dirceu farão a campanha de Dilma
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva armou para a campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff o mesmo comando de sua própria campanha em 2002 -que foi atropelado por escândalos no governo: os nomes-chaves serão os dos ex-ministros Antonio Palocci (que ainda responde a processo no STF) e José Dirceu (que foi cassado na Câmara).
Na composição ditada por Lula, Palocci atua “por cima”, mantendo contatos com o empresariado e garantindo que a política econômica conservadora seja mantida se Dilma for eleita, enquanto Dirceu age “por baixo”, tentando acomodar os interesses do PT com os partidos da base aliada e montando os palanques estaduais.
CORREIO BRAZILIENSE
Cartão de crédito cobra 600% de juro
Na contramão das recentes reduções da taxa Selic feitas pelo Banco Central, hoje em 8,75% ao ano, as operadoras de cartão de crédito aumentaram os juros cobrados dos clientes que financiam parte de suas faturas. Esses encargos, segundo economistas, tornam as dívidas praticamente impagáveis. À exceção de bancos estatais, que por determinação do governo reduziram um pouco seus índices – ainda na casa dos três dígitos –, quase todas as instituições reajustaram as taxas, que variam de 143,28% a 600,73% num período de 12 meses. Fontes do Ministério da Fazenda ouvidas pelo Correio preveem uma intervenção no setor.
Sarney contrata equipe para salvar imagem
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), decidiu reagir ao que considera uma campanha midiática para retirá-lo do cargo. Uma equipe de 15 jornalistas foi contratada há três semanas para fazer parte de um bunker de contrainformação. Os profissionais analisam diariamente o noticiário dos jornais, municiando os assessores de imagem de Sarney. Com base na análise dos jornalistas, o gabinete de crise do presidente do Senado elabora um “relatório de intervenção” para rebater as reportagens. Contratados inicialmente até novembro, os jornalistas do bunker trabalham todos os dias, até mesmo nos fins de semana. O pagamento pela tarefa, segundo um dos contratados, será feito em dinheiro vivo, forma encontrada para não deixar rastros diretos do vínculo com o presidente do Senado.
A estrutura foi montada num shopping center do Lago Norte, a 10km da Casa que Sarney preside. O objetivo principal é vencer a guerra de informação. Para isso, os jornalistas, a maioria recém-formada, abastecem endereços eletrônicos com opiniões favoráveis ao parlamentar. Blogs de jornalistas políticos e redes sociais como Twitter e Orkut são os alvos. A orientação é publicar comentários positivos a respeito do político e questionar a isenção dos veículos de imprensa que denunciam a família Sarney. A tática é usar nomes falsos para participar do debate, de preferência comuns, como “Maria Mercedes” e “Raimundo Nonato”.
Festa de comissionados
O número de comissionados lotados nos órgãos da Mesa Diretora do Senado é quatro vezes maior do que a quantidade de servidores efetivos. São funcionários que mantêm vínculo apenas temporário com a Casa, escolhidos politicamente para exercer essas funções, mas que assessoram os senadores encarregados de definir os rumos políticos e administrativos da instituição.
De acordo com o Portal da Transparência do Senado, a Mesa Diretora (presidência, duas vices-presidências, quatro secretarias e quatro suplências de secretaria) conta com 226 comissionados, 81% dos 276 servidores lotados nessa estrutura. Ou seja, de cada 10 funcionários vinculados à Mesa, oito ocupam os cargos (1)sem a realização de concurso público. Prevalece, portanto, o critério político no preenchimento de postos existentes em áreas fundamentais na rotina da instituição. “Sem os comissionados, o Senado não funciona. É difícil trabalhar aqui só com efetivos porque muitos não querem trabalhar”, opinou o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI).
Mercadante na berlinda
Governistas avançam contra o líder petista na tentativa de enquadrar o partido no Senado
O PT começou uma verdadeira guerra interna no que se refere ao apoio ao presidente do Senado, José Sarney (PT-SP). De um lado, o líder do partido, Aloizio Mercadante (SP), e a ala de senadores que não vê a hora de eleger um dos seus para comandar a Casa. De outro, o governo Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e todos aqueles que veem uma tempestade muito pior à frente, caso a bancada petista abandone Sarney à própria sorte. O último movimento público do partido sobre o caso, a nota de Mercadante, foi o estopim dessa crise.
O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), saiu em defesa do presidente do Senado, na linha oposta àquela que Mercadante defendeu na sexta-feira. “Apoio integralmente a posição do presidente Lula contra o afastamento do presidente Sarney. E por várias razões. Primeiro, Sarney está investigando tudo. E, em segundo lugar, a movimentação do Senado deveria ser no sentido de aprofundamento da ética com investigação de tudo, no que se refere à Casa, inclusive todos os demais casos. E não uma campanha generalizada contra o presidente Sarney”, disse Vaccarezza.
Lula foge de atrasos no PAC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a visita que faria na sexta-feira aos dois principais municípios de Minas Gerais governados por correligionários petistas. Assessores do Palácio do Planalto chegaram a ligar para as prefeituras de Betim e Contagem, ambas na Grande Belo Horizonte, informando sobre a viagem do presidente. Ontem, no entanto, em nova rodada para discutir a agenda de Lula em Minas, ficou acertada a presença do presidente apenas em Belo Horizonte. Ele participará da formatura de alunos do Plano Setorial de Qualificação para Beneficiários do Bolsa Família e da inauguração de apartamentos do Programa Vila Viva. Na primeira cerimônia, o presidente anunciará o novo reajuste do valor do Bolsa Família.
O cancelamento da visita de Lula nas duas cidades teria ocorrido por atraso nas obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelas quais o presidente passaria, conforme informam petistas ligados ao alto escalão do governo federal. Em Betim, administrada por Maria do Carmo Lara (PT), o presidente iria a um trecho da BR-262 próximo ao entroncamento com a BR-381. Em Contagem, administrada por Marília Campos (PT), a visita seria às obras de saneamento do Ribeirão Arrudas próximas às vilas São Paulo e Dom Bosco.
Zelaya ao Correio: nada de acordo
Os dias do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, têm sido de angústia e cansaço. A voz pausada ao telefone era resultado de uma rotina de intensas reuniões e audiências com o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, e com membros da chamada “resistência pacífica”. Depois de uma série de negociações com um assessor e uma relações públicas, o Correio falou por telefone com Zelaya. O líder liberal, que deu uma guinada à esquerda, deixou claro que não perdoará o presidente de fato, Roberto Micheletti, e os golpistas que lhe arrancaram de casa, na madrugada de 28 de junho. “Com os golpistas jamais poderei repartir um governo de unidade nacional”, declarou o presidente, que organiza uma “resistência pacífica” na cidade de Ocotal, a apenas 18km da fronteira.
O presidente de fato, Roberto Micheletti, prometeu prendê-lo caso o senhor retorne a Honduras. Se detido, que pedido o senhor fará a seu povo?
Bom… O senhor Micheletti, encarregado do golpe de Estado em Honduras, está em situação ilegal e tudo o que ele faz é nulo. Está em estado de fato. Ninguém o reconhece. O povo hondurenho não o respalda, a comunidade internacional também não. O que ele deve fazer é se entregar à Justiça, para que seja detido e capturado.
Presidente, como o senhor analisa as denúncias de que o Exército e a polícia de Honduras estão cometendo várias execuções extrajudiciais e violações de direitos humanos?
Penso que a comunidade internacional, os presidentes da América Latina, o presidente Barack Obama, a secretária (Hillary) Clinton devem ser mais enérgicos na condenação à repressão que os golpistas estão fazendo contra o povo hondurenho.