O Estado de S. Paulo
PF intercepta Tuma Jr. tentando relaxar apreensão de dólares
Encarregado de coordenar ações de combate à lavagem de dinheiro, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr. teve diálogo interceptado pela Polícia Federal no qual tentou evitar flagrante em Cumbica que levou à detenção de sete pessoas, informa o repórter Rodrigo Rangel. Em junho de 2009, familiares da deputada Haifa Madi (PDT) tentavam embarcar para Dubai com dólares. Procurado pelo Estado, Tuma Júnior disse por meio de sua assessoria que, “por enquanto, não pretende dar entrevista para o jornal”.
Caça francês vira barganha em acordo agrícola
A resistência da França a fechar acordo de livre comércio entre Mercosul e União Européia provocou insatisfação em setores do governo brasileiro, informam os repórteres Raquel Landim e Jamil Chade. A intenção é “barganhar” com os franceses uma maior abertura do mercado agrícola europeu pela bilionária compra dos caças para a FAB. O modelo francês Rafale, um dos concorrentes, já foi apontado como favorito pelo presidente Lula.
Europa tenta blindar euro e aprova ajuda à Grécia
Em meio à crise, a Europa assume compromisso político para tentar blindar o euro contra especulação e se compromete a endurecer as regras de participação na moeda única, para exigir que países não acumulem novas dívidas. O bloco aprovou em reunião de emergência pacote de € 110 bilhões para a Grécia. O país vai receber US$ 286 milhões, saídos de reservas internacionais, segundo informou ontem em São Paulo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Para Alckmin, PT dá pouca atenção a SP
Geraldo Alckmin (PSDB) lança hoje sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Em entrevista à repórter Silvia Amorim, ele destaca a importância da parceria entre Estado e União e acusa o PT de ter olhado pouco para o Estado: “O governo federal coloca dinheiro no metrô no Brasil inteiro e nenhum centavo em São Paulo”.
Folha de S. Paulo
PF indicia filho de Sarney por envio de dinheiro ao exterior
A Polícia Federal indiciou ontem o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), acusado de remeter ilegalmente dinheiro para o exterior. Conforme a Folha revelou em março, as autoridades brasileiras receberam a confirmação do governo da China de que Fernando fez transações milionárias naquele país. Ele não teria declarado o dinheiro à Receita Federal. O advogado do empresário, Eduardo Ferrão, confirmou que ele prestou depoimento, mas disse que não tinha informações sobre o indiciamento.
O indiciamento, por evasão de divisas e lavagem de dinheiro, ocorreu por causa de uma remessa de US$ 1 milhão feita por ele para uma agência do HSBC em Qingdao, na China. O dinheiro saiu de uma conta em nome de uma “offshore” nas Bahamas, conhecido paraíso fiscal do Caribe, movimentada pessoalmente pelo filho do senador. A autorização da transação foi assinada de próprio punho por Fernando. A pedido do Brasil, o governo chinês confirmou ao Ministério da Justiça não só a autenticidade do documento mas também a existência da conta nas Bahamas e a transferência do dinheiro para Qingdao.
Inquérito da PF investiga assessor de Tuma Jr.
O policial federal Paulo Guilherme Mello, assessor do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, é investigado em inquérito na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo por suposta advocacia administrativa para chineses que pretendiam regularizar sua situação no Brasil. Prevista no Código Penal, a advocacia administrativa é definida como o ato de “patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário”. A pena prevista é baixa, de um a três meses de detenção.
O inquérito foi aberto em 2009 a partir de interceptações telefônicas feitas pela PF na Operação Wei Jin, deflagrada em setembro de 2009. As escutas mostram Mello sendo acionado por representantes da comunidade chinesa em São Paulo, principalmente pelo empresário Li Kwok Kwen, o Paulo Li, amigo de Tuma Jr. e do senador Romeu Tuma (PTB-SP).
Secretário tentou ajudar presos com dólares
Um relatório da Polícia Federal diz que o secretário nacional do Ministério da Justiça, Romeu Tuma Jr., tentou ajudar um grupo de sete pessoas presas com US$ 123 mil no aeroporto de Cumbica. O grupo incluía a filha e o sogro da deputada estadual Haifa Madi (PDT). Pela lei brasileira, cada viajante pode embarcar para o exterior com R$ 10 mil sem necessidade de declarar o valor- ou seja, o grupo levava R$ 118 mil acima do limite. As prisões ocorreram na Operação Santa Teresa, que investigou suposto esquema de desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
De acordo com a PF, os US$ 123 mil seriam de Farid Madi, prefeito cassado do Guarujá e marido da deputada. Os presos diziam estar levando o recurso para familiares no Líbano. Tuma Jr. confirmou à Folha que recebeu um telefonema da deputada e outro de um assessor dela. Numa das conversas, segundo ele, Madi teria perguntado sobre o limite de dinheiro com que se pode viajar: “É US$ 10 mil ou R$ 10 mil?”.
Paulo Li indica secretário como testemunha
O empresário Li Kwok Kwen, o Paulo Li, arrolou o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., como sua testemunha no processo em que é réu sob acusação de importação ilegal de celulares. Tuma Jr. foi arrolado por Li, na 3ª Vara Federal Criminal paulista antes da divulgação, pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, de seus telefonemas para Tuma Jr. A defesa de Li diz que as famílias “são amigas há 30 anos” e que o depoimento do secretário mostraria que Li “é trabalhador e honesto”. Tuma Jr. era o verdadeiro alvo da PF na operação contra contrabandistas de São Paulo. Foi o que informou à Justiça a defesa de Li.
Governo infla dados e erra mapa em anúncio
A pressa para divulgar ações em ano eleitoral levou o governo a inflar estatísticas e tropeçar na geografia, em campanha publicitária de R$ 60 milhões paga pela Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República. A propaganda oficial atribui ao governo Lula a inauguração de escolas técnicas federais criadas muito antes da posse do presidente, em 2003. Além disso, usa mapas com indicações trocadas -no do Estado de São Paulo, por exemplo, há cidades indicadas a cerca de 400 quilômetros do local correto.
Os erros estão espalhados em anúncios de meia página publicados anteontem nos principais jornais do país, inclusive na Folha. As peças foram regionalizadas para divulgar obras em cada um dos 26 Estados e no Distrito Federal. O material apresenta como novas escolas técnicas abertas em governos anteriores ou que ainda estão em construção. O anúncio publicado nos jornais de Brasília, por exemplo, traz um mapa com cinco unidades assinaladas. Quatro não existem e uma foi inaugurada em 1958, pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
Abaixo do mapa, um texto de apoio informa que a Escola Técnica de Planaltina “já prepara jovens para o mercado de trabalho”. Como a unidade existe desde 1958, os primeiros jovens formados já devem ter celebrado os 70 anos de idade. O Planalto é reincidente no erro. Em fevereiro do ano passado, quando Lula reabriu a escola, o material de divulgação omitia tratar-se de uma obra de JK, como o presidente reconheceu no discurso.
Ex-assessor de Lula faz plano de Marina na área de segurança
Protagonista de uma breve e polêmica passagem pelo governo Lula, o antropólogo Luiz Eduardo Soares deve coordenar o programa de segurança pública da pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva. Ele foi secretário nacional de Segurança Pública durante os primeiros dez meses da gestão petista. Caiu sob acusação de nepotismo, por ter empregado a mulher e a ex no órgão. A assessoria de Marina confirmou o convite, que ele afirma ainda não ter sido formalizado. “Estou colaborando. Mais adiante, vamos discutir como transportar esse processo em programa”, disse à Folha.
Senador ignora STF e recontrata mulher de aliado
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recontratou em abril a mulher do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro, responsável direto pela análise das contas da Casa, um ano e meio depois que ela foi demitida por nepotismo. Carreiro foi secretário-geral do Senado por 12 anos e indicado para o TCU pelo próprio Sarney. No tribunal, o ministro foi sorteado para ser o relator da prestação de contas do Senado para os anos de 2009 e 2010.
O TCU é um órgão auxiliar do Congresso Nacional e tem como principal responsabilidade analisar os gastos da União. Na mesma semana em que a mulher do ministro foi recontratada por Sarney, Carreiro pediu o arquivamento de um processo sobre a contratação sem licitação de uma empresa de serviços elétricos no Senado por R$ 485 mil. O voto de Carreiro foi seguido pelo tribunal. Maria José de Ávila, mulher de Carreiro, era assessora da diretoria-geral do Senado em agosto de 2008, mas teve que deixar o cargo quando foi publicada a súmula do Supremo Tribunal Federal que proibiu nepotismo nos três poderes.
Nomeação não é caso de nepotismo, afirma senador
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou por meio de nota de sua assessoria que a contratação da mulher do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro não é caso de nepotismo. “A nomeação de Maria José de Ávila aconteceu por requerimento da Diretoria-Geral por ser especialista na área”, diz. “Não há qualquer ato que caracterize vínculo entre o Congresso e o TCU”, completou.
Campanha já começou, diz ministro do TSE
Responsável por relatar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) as regras das eleições de outubro, o ministro Arnaldo Versiani afirmou ontem considerar normal que a campanha já esteja nas ruas, mesmo faltando dois meses para o seu início, conforme determina a lei. “A verdade é que a campanha já está nas ruas, até com a aparição de pré-candidatos. Eu, sinceramente, sou do ponto de vista de que a propaganda deveria ser permitida, e até ser estendida. O período eleitoral propriamente dito, após 5 de julho, talvez seja muito curto”, afirmou.
PF diz ter detido membro das Farc no Brasil
A Polícia Federal informou ontem que prendeu na tarde de quinta-feira o colombiano José Samuel Sanchez, apontado por investigações do órgão como membro da comissão de finanças e logística das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). A prisão ocorreu durante a Operação Rota Solimões, realizada em Manaus e em duas cidades da região oeste do Amazonas (Maraã e Tefé), na fronteira com a Colômbia. Além de Sanchez, mais sete pessoas foram presas (três brasileiros e quatro colombianos) sob suspeita de tráfico internacional de drogas e formação de quadrilha. A PF apreendeu 45 quilos de cocaína.
O superintendente da polícia no Amazonas, delegado Sérgio Fontes, afirmou que Sanchez, conhecido como “Tatareto”, intermediava a compra de drogas entre as Farc e os narcotraficantes brasileiros. O grupo utilizava os rios Japurá e Solimões para escoar carregamentos da droga. Um acampamento dos traficantes foi destruído, segundo o órgão. Foram encontrados rádios de comunicação que podiam interceptar conversas da polícia. Sanchez, que usava o nome falso Daniel Rodriguez Orosco no Brasil, agia em acampamento que abriga laboratório de refino de cocaína, segundo a PF. Os oitos presos serão levados para um presídio de Manaus.
Brasil ajudará a Grécia com US$ 286 mi
O Brasil fará um aporte de US$ 286 milhões (R$ 526 milhões) no FMI (Fundo Monetário Internacional) para ajudar a conter a crise na Grécia, afirmou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O valor equivale a cerca de 0,75% dos recursos que o Fundo destinará ao país. No final de semana passado, o FMI, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia anunciaram um plano de socorro de € 110 bilhões à Grécia, o maior pacote de resgate já concedido a um país. Só o Fundo participará com aproximadamente € 30 bilhões. “Colocaremos o que for necessário para ajudar a Grécia”, disse Mantega ontem. De acordo com ele, os recursos serão provenientes das reservas internacionais do Brasil, hoje estimadas em US$ 245 bilhões. Mas o empréstimo não irá reduzir essa cifra, disse, já que o valor será convertido pelo FMI em direitos especiais de saque (uma espécie de moeda emitida pelo FMI) ao Brasil.
O Globo
EUA e Europa se unem para enfrentar a crise financeira
Após as bolsas mundiais acumularem perdas de US$ 3 trilhões em três dias de pânico nos mercados, Estados Unidos e Europa se uniram para combater a crise grega e evitar o contágio global. O presidente Obama prometeu à chanceler alemã, Ângela Merkel, apoiar os esforços europeus e cobrou “forte resposta financeira da comunidade internacional”. Ministros de Finanças do G-7 também convocaram reunião de emergência para deter a crise, e seis nações, entre elas Alemanha e França, deram aval ao pacote de €110 bilhões para a Grécia. Apesar da articulação política, as bolsas caíram 1,33% em Nova York e 4,6% em Paris. A Bovespa fechou em baixa de 0,86% e o dólar ficou estável, a R$ 1,851.
Brasil também ajuda Grécia
O Brasil fará um aporte de US$ 286 milhões ao FMI para socorrer a Grécia. O dinheiro sairá das reservas internacionais do país e será transformado em direito especial de saque no FMI, que rende juros. Para Mantega, a crise não afetará o crescimento brasileiro.
Com Dilma e Lula, em clima de campanha
Foi em clima de campanha o primeiro evento oficial da agora pré-candidata Dilma Rousseff ao lado do presidente Lula: a visita ao porto de Suape, em Pernambuco. “O que fizemos não pode mudar”, disse Lula. Ela não discursou, mas foi citada várias vezes. Um sindicalista saudou a platéia com um trocadilho: “Bom Dilma para todos”. Em entrevista, Dilma disse que os deputados aprovaram o reajuste acima do mínimo par fazer “marola eleitoral”.
Fernando Sarney é indiciado pela Polícia Federal
O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi indiciado nesta sexta-feira pela PF pelo crime de evasão de divisas. Ele prestou depoimento, em São Luís, e não respondeu a nenhuma pergunta, segundo informações do G1 . Ano passado, Fernando foi indiciado em três inquéritos por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsidade ideológica e gestão irregular de instituição financeira. A defesa do empresário nega todas as acusações.
A PF investiga uma suposta operação simulada de comércio exterior que envolve o empresário. A operação teria como objetivo a remessa ilegal de recursos para fora do país. A investigação é um desdobramento da operação Faktor (ex-Boi Barrica), da PF, que apura a existência de contas do empresário em outros países. O suposto esquema simulava uma operação de comércio exterior com empresas brasileiras e chinesas de fachada. O contrato era registrado no Banco Central para o envio de dólares para a empresa exportadora na China, mas a mercadoria nunca era enviada ao Brasil.
Correio Braziliense
Pitacos de todos os lados
A campanha da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, esbarra em dificuldades para encontrar um ritmo harmonioso entre suas principais lideranças. O problema se localiza na coordenação de comunicação que, cobrada pelo movimento político errático da petista, está na berlinda, alvo até de fogo amigo. Para tentar contornar a inexperiência de algumas lideranças que não haviam se engajado em campanhas maiores, com repercussão nacional, até agora, a cúpula petista decidiu colocar na tesouraria um nome experiente, o ex-prefeito de Diadema (SP) José Filippi Júnior, que teve o mesmo cargo na reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
A opção por um nome tarimbado ocorre num momento em que se debate publicamente tropeços da pré-candidata, considerados desnecessários por falta de preparo de alguns funcionários da campanha. Segundo petistas, Dilma e a campanha acabaram colocados na defensiva por conta desses equívocos, o que acabou criando tensões entre três lideranças: o coordenador-geral de Comunicação, deputado estadual Rui Falcão (SP); o secretário de Comunicação do PT, André Vargas; e o marqueteiro João Santana. As discussões giram em torno de Marcelo Branco, contratado pelo PT em parceria com a agência Pepper Comunicação, responsável por operacionalizar a estratégia de Dilma na internet. Branco postou na web vídeos considerados amadores de entrevistas em que a petista comete gafes sobre a migração de nordestinos. Ela aparece visivelmente despreparada, quase como num ensaio. Isso foi considerado um erro primário de Branco porque o vídeo deveria ter sido editado e analisado antes de ser divulgado. “Essas coisas geraram um desconforto na campanha”, disse um interlocutor de Dilma.
Lula, o senhor de Dilma
Acompanhado de ministros e de assessores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um evento em Ipojuca (PE) para dar visibilidade à pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Durante a cerimônia de lançamento do primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro, o presidente falou sobre as condições econômicas do país e pediu “auxílio” a Dilma(1). Queria que ela o ajudasse a mostrar como o setor estava falido, sem uma “laminadora” nacional até então, e como as coisas mudaram recentemente.
Questionado sobre a popularidade da ex-ministra, Lula afirmou, em tom de brincadeira, que a aprovação da sua escolhida subirá quando ele pedir. “Eu não pedi ainda”, enfatizou. O presidente reafirmou que irá aproveitar os dias de folga para dar suporte a Dilma. “Vou fazer um esforço no fim de semana. A partir do momento em que forem formalizadas as candidaturas, me segurem, porque eu vou estar em campanha”, antecipou.
Viagem à Colômbia cancelada
As ameaças de morte ao candidato do Partido Verde às eleições presidenciais na Colômbia, Antanas Mockus, não causaram alterações somente na campanha do colombiano. A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência da República, cancelou a ida ao país, que estava marcada para o próximo dia 20, com receio dos rumores de que atentados estão sendo planejados para matar o político. A comunidade “Me comprometo a matar Antanas Mockus antes do dia 30 de maio “, criada na rede social Facebook, no fim de abril, dá o tom no clima do vizinho sulamericano.
TSE suspende propaganda
Uma liminar concedida pelo ministro Aldir Passarinho, do Tribunal Superior Eleitoral, ontem à noite, determinou a suspensão da propaganda partidária do PT, que estava no ar desde quinta-feira. O ministro, que exerce o cargo de corregedor-geral eleitoral, também cancelou a inserção prevista para terça-feira. A decisão do ministro ocorreu em resposta à representação do PSDB que questionou o conteúdo de outra propaganda do PT, que apresentou conquistas do governo e insinuou que a não continuidade do comando petista colocaria em risco o quadro positivo do país.
Skaff vai do jeito que der
O PSB decidiu que o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, concorrerá ao governo estadual, ainda que seja para ter apenas dois minutos e 15 segundos na televisão — o tempo que os socialistas calculam que terão durante o horário eleitoral gratuito. O pré-lançamento da candidatura será em 23 de maio. A data foi fechada durante almoço da cúpula do PSB em São Paulo, em que ficou definido ainda que o publicitário da campanha será mesmo Duda Mendonça. Antes que o deputado Ciro Gomes diga que o partido adotou duas medidas — aceitou a candidatura de Skaff mesmo sem alianças e recusou a de Ciro à Presidência da República —, o deputado Márcio França avisa: “No plano nacional somos governo. Aqui, oposição. Não temos nada a perder com um candidato”, afirma.
Ameaça de greve acelera reajuste
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, tem encontro marcado para a próxima terça-feira com lideranças do Congresso Nacional para tratar do reajuste dos servidores do Poder Judiciário Federal. No encontro, o ministro vai pedir agilidade na apreciação do projeto de lei que aumenta em 56% o salário da categoria. Também engajado pelo reajuste, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, se reuniu na última quinta-feira com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para pedir que o PL nº 6.613, enviado pelo STF em dezembro do ano passado, seja votado em regime de urgência.
Caixa de gelo esvazia a Times Square
Uma bolsa térmica abandonada nas imediações do Hotel Marriott, em plena Times Square, no início da tarde de ontem, funcionou ontem como termômetro da paranoia ante a ameaça do terror. A polícia de Nova York evacuou parcialmente a área, que foi vasculhada. A liberação do local só veio depois de constatado que só havia garrafas de água e livros no “cooler”. Foi a segunda interdição em Times Square em poucas horas. De manhã, uma mala encontrada por um vendedor ambulante, na esquina da Rua 45 com a Oitava Avenida, também provocou pânico entre novaiorquinos e turistas.
Brasil dá a mão à Grécia
Dezenove meses depois de o mundo ter assistido ao nascimento da mais grave crise financeira dos últimos 80 anos, o Brasil se vê novamente ameaçado por uma onda de insegurança que abala as economias mais ricas. Diferentemente do que fez o presidente Lula à época, quando disse que o tremor financeiro seria uma marolinha, desta vez o governo brasileiro decidiu agir. Ainda que tenha dito que o país não seria afetado pelos problemas fiscais que se alastram pela Zona do Euro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que o país socorrerá a Grécia, onde se encontra o epicentro do caos que abalou o planeta nos últimos dias. A ajuda consiste em um empréstimo de US$ 286 milhões, dinheiro que sairá das reservas internacionais brasileiras e se somará ao pacote anunciado pelos europeus e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no último domingo, de 110 bilhões de euros (US$ 15 bilhões).