O Globo
BC anuncia socorro a bancos em dia de pânico no mercado
Pela terceira vez, uma segunda-feira foi de pânico nos mercados mundiais. E apenas dois dias após o presidente Lula dizer que a crise chegaria ao Brasil "como uma marolinha", ela veio na forma de tempestade: o dólar disparou novamente e chegou a R$ 2,20 (a maior alta desde janeiro de 1999), a bolsa desabou e chegou a ter os negócios interrompidos duas vezes – o que não acontecia desde a crise russa, há 10 anos. A baixa, que chegou a 15,5%, foi reduzida para 5,43% com recuperação dos mercados e o anúncio de que o BC usaria reservas para financiar o comércio exterior. O Dow Jones caiu abaixo de 10 mil pontos, despencou 7,75%, mas fechou com baixa de 3,58%. A Bolsa de Paris caiu 9%, o maior tombo da História. À noite, o BC anunciou que socorreria bancos pequenos comprando suas carteiras de crédito.
Gabeira ganha na Zona Sul, Zona Norte e Barra; Paes leva na Zona Oeste e subúrbios
O mapa da votação no Rio mostrou vitória de Fernando Gabeira (PV) na Zona Sul, no Centro e na Zona Norte, com desempenho surpreendente em bairros como Tijuca e Méier. Eduardo Paes (PMDB) venceu por ampla margem na Zona Oeste – com exceção da Barra e Recreio – e nos subúrbios. Marcelo Crivella (PRB) não venceu em nenhuma região. Ontem, Paes e Gabeira trataram de alianças. Paes garantiu o apoio do PSB e recebeu em casa o ministro Carlos Lupi (PDT) e líderes do PT, entre eles Benedita da Silva. O DEM oficializou apoio a Gabeira, que procurou líderes de partidos de esquerda. Ele deve receber apoio do PSOL, mas disse que não quer "sopa de letras". Gabeira nadou no Flamengo e anunciou que dormirá duas noites por semana na Zona Oeste.
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Guerra entre PMDB e PT em Salvador
Uma vaga de vice para o PMDB na disputa presidencial em 2010 pode até reaproximar PT e PMDB na Bahia, mas, por enquanto, o palco para uma guerra ferrenha entre o governador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), já está armado no segundo turno da campanha de prefeito em Salvador. Ontem mesmo, os dois entraram em campo, cada um de um lado, para buscar alianças com o DEM e o PSDB e reforçar as campanhas do petista Walter Pinheiro e do peemedebista João Henrique.
Presidente da Funarte se demite após denúncia
O ator e diretor teatral Celso Frateschi pediu demissão da presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte), numa carta enviada ontem à tarde ao ministro da Cultura, Juca Ferreira. O pedido foi feito dois dias depois de o Segundo Caderno, do GLOBO, mostrar como um projeto do grupo de teatro Ágora recebeu um parecer técnico num tempo recorde — apenas seis dias — para sua aprovação na Lei Rouanet. O Ágora foi fundado por Frateschi e é coordenado hoje por sua mulher, a cenógrafa Sylvia Moreira, e pelo diretor Roberto Lage.
TSE alerta: é possível reviravolta em Campos
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, anunciou ontem que terão prioridade os julgamentos sobre registros de candidaturas a prefeito nos municípios com segundo turno. Um dos casos citados por ele foi o de Campos, onde a candidata Rosinha Garotinho (PMDB) aparece no sistema da Justiça Eleitoral em primeiro lugar, com 118.245 votos, correspondentes a 78,91% dos votos válidos. Oficialmente, não há votos atribuídos ao seu adversário Arnaldo Vianna (PDT) porque o registro dele foi questionado em ação judicial e depende de decisão.
Derrota anuncia esfacelamento do DEM no Rio
Ainda sem curar a ressaca pela derrota de Solange Amaral (DEM), que amargou o sexto lugar na eleição com menos de 4% dos votos válidos, o grupo do prefeito Cesar Maia já admite novo golpe: a debandada de vereadores que o apoiaram nos últimos dois mandatos. Das 12 vagas que esperava conquistar na Câmara — hoje são 14 —, o partido de Cesar só conseguiu garantir oito. E o problema não pára aí. Aliados próximos ao prefeito admitem que cinco dos eleitos podem debandar antes mesmo do fim do governo, de acordo com o resultado do segundo turno. E o partido já ameaça tomar o mandato dos infiéis.
Heloísa tem votação recorde para vereadora
A ex-senadora e ex-candidata à Presidência Heloísa Helena (PSOL) surpreendeu nas urnas. Sem coligação e sem estrutura de campanha, pedindo votos em sinais de trânsito com panfletos nas mãos, precisava de 19 mil votos para se eleger a Câmara de Vereadores de Maceió. Conseguiu 29.615, um recorde na história das eleições na capital e a maior votação proporcional do país.
Lula avisa que ficará fora da eleição no Rio
A decisão de não participar das eleições cariocas foi comunicada ontem por Lula em reunião com os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, das Relações Institucionais, José Múcio, e da Comunicação Social, Franklin Martins. Lula disse que teria dificuldades em subir nos palanques de Paes ou de Gabeira, que, apesar de integrar um partido da base aliada, sempre foi um crítico do governo federal e rompeu com Lula logo no início do primeiro mandato. Por enquanto, é certo que Lula vai concentrar esforços em São Paulo, onde Marta Suplicy (PT) disputa o segundo turno com Gilberto Kassab (DEM), e em Santo André, São Bernardo do Campo e Mauá, cujos candidatos petistas são, respectivamente, Vanderlei Siraque, Luiz Marinho e Osvaldo Dias.
Gabeira busca aliança além dos partidos
Em sua estratégia no segundo turno, o candidato do PV a prefeito, Fernando Gabeira, pretende conquistar o apoio do eleitorado de esquerda, mesmo sem fechar acordo com esses partidos. Para a campanha de Gabeira, os eleitores podem ser sensibilizados por personalidades partidárias, mesmo que não haja aliança formal, como pretende a coordenação de campanha de seu adversário do PMDB, Eduardo Paes. Gabeira não quer "a sopa de letras dos partidos".
Folha de S. Paulo
Crise se aprofunda na Europa e espalha pânico pelos mercados
O pânico tomou conta dos mercados com quedas espetaculares nas Bolsas, enquanto governos europeus corriam desorientados atrás de medidas para contê-lo. Paris recuou 9,04% e Londres, 7,85%. Nos EUA, o Dow Jones caiu 7,75% (quase 800 pontos), recuperou-se e fechou em baixa de 3,85%. A Bovespa chegou a cair 15,5% e teve o pregão suspenso duas vezes. Encerrou em queda de 5,43%. O epicentro do pânico foi a Europa, onde o socorro de 50 bilhões de euros do governo alemão à Hypo, gigante do crédito imobiliário, foi insuficiente para evitar a baixa de 35% nas ações da empresa. Mais de cinco países – Portugal, Suécia, Áustria, Islândia e Dinamarca – anunciaram garantia total dos depósitos, para tentar evitar uma corrida aos bancos. A Espanha informou que também vai aumentá-la. No Brasil, o dólar disparou e fechou cotado a R$2,198, alta de 7,43%.
Janio de Freitas: 1º turno desinfla a influência de Lula
Se confrontado com o poder eleitoral atribuído à sua aprovação, Lula sai do primeiro turno com revés que só por grande soma de êxitos, no segundo turno, poderia tornar desimportante. O efeito insuficiente dos seus empenhos trouxe um clareamento significativo: desinflou o bicho-papão eleitoral que condicionava as propecções políticas para a eleição de 2010.
BC vai poder "comprar" carteira de banco pequeno
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu e obteve apoio de aliados para medida provisória que autoriza o Banco Central a “comprar” carteiras de crédito de bancos menores, com dificuldade de obter dinheiro. As carteiras seriam aceitas como garantia de empréstimos. Segundo líderes governistas, Lula disse estar preocupado com o efeito da crise nos pequenos. O ministro Guido Mantega (Fazenda) e o presidente do BC, Henrique Meirelles, voltaram a dizer que a economia está “sólida” e anunciaram medidas pró-exportação.
PF investiga vazamento de ação sobre o filho de Sarney
A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar o vazamento de informações da Operação Boi Barrica, coordenada pelo próprio órgão, cuja apuração acusa o empresário Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney, de traficar influência em diversos órgãos federais, entre eles o Ministério de Minas e Energia e a Eletrobrás, com o objetivo de favorecer negócios privados. Fernando nega as acusações, que ele atribui a "interesses políticos", e afirma ser um homem do setor privado.
Oposição perde espaço pelo país; PT tem o maior crescimento
Os três principais partidos de oposição ao governo Lula foram os que mais perderam prefeituras no primeiro turno da eleição de domingo. O DEM deixará o poder em 176 cidades; o PSDB, em 109; e o PPS, em 70. Embora com desempenho aquém do projetado por sua direção, o PT sai das urnas com o maior crescimento no número de municípios. O partido tem atualmente 391 prefeitos, esperava chegar a 700 e saiu das urnas com 548 eleitos.
PT continua líder nas capitais e nas maiores cidades do país
Apurados os votos em todas as 26 capitais e nos 53 municípios com mais de 200 mil eleitores, o PT confirmou seu favoritismo nas urnas e avançou nesse universo de grandes centros. O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conquistou 13 dessas cidades no primeiro turno e disputa outras 15 localidades no segundo turno, no dia 26 deste mês. Hoje, os petistas governam 17 cidades do chamado G79, o grupo das capitais e cidades grandes que abriga 46,8 milhões de eleitores, o equivalente a 36,4% do total do país. Na eleição de domingo estavam em jogo 5.563 prefeituras.
Sob comando de Serra, PSDB anuncia hoje apoio a Kassab
Sob a direção do governador José Serra, o PSDB adotou rito sumário para a costura do apoio à candidatura de Gilberto Kassab (DEM). O anúncio oficial acontece hoje, às 13h, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ex-governador Geraldo Alckmin não participará.
Com a decisão, Kassab poderá exibir depoimento de Serra em seu programa de TV já a partir de amanhã. A gravação de Serra já está programada.
PT apostará em "desconstrução" da gestão Kassab
A despeito do discurso otimista para os microfones, os coordenadores da campanha de Marta Suplicy (PT) foram surpreendidos pelo resultado de domingo e tentavam ontem encontrar saídas para o cenário desfavorável. De imediato, eles vão apostar todas as fichas no que chamam de "desconstrução da administração" do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
45 "fichas sujas" são eleitos ou estão no 2º turno
Quarenta e cinco políticos "fichados" pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) foram eleitos ou disputam o segundo turno no próximo dia 26 no país. O número corresponde a mais de um terço dos listados pela entidade (126) antes das eleições. Os 33 eleitos no domingo, incluindo dois vice-prefeitos, e os 12 que ainda disputam as prefeituras nos municípios com mais de 200 mil eleitores respondem a ações penais ou de improbidade administrativa. A chamada "lista suja" foi divulgada pela associação com todos os candidatos processados nas 163 cidades com mais de 100 mil eleitores.
Brancos e nulos crescem 22% nas capitais
O índice de eleitores que optaram por não votar em nenhum candidato neste ano nas capitais subiu 22% em relação às eleições municipais de 2004. Na média, segundo levantamento feito pela Folha, o índice de votos nulos ou brancos nas 26 capitais foi de 7,8% -contra 6,4% em 2004. Belo Horizonte, que teve campanha marcada por uma aliança entre PT e PSDB pela candidatura de Marcio Lacerda (PSB), foi a capital com maior índice de votos nulos: 14,5%, ou 213.901 votos.
"Fomos incompetentes", diz Lacerda
Marcio Lacerda (PSB), candidato da aliança informal entre o PT e o PSDB à Prefeitura de Belo Horizonte, vai trocar de equipe para o segundo turno.
Procura um marqueteiro -o argentino Guillermo Raffo deixou a campanha- e terá ajuda em tempo integral de três deputados federais mineiros, coordenados por Virgílio Guimarães (PT-MG). Lacerda reconheceu ontem em entrevista à Folha que sua campanha falhou ao não reagir a ataques adversários e por ter se acomodado com o crescimento rápido nas pesquisas eleitorais. "Fomos incompetentes", afirmou ele. Lacerda está no segundo turno contra Leonardo Quintão (PMDB).
Quintão se diz "amigo e aliado" de Aécio Neves
O deputado federal Leonardo Quintão (PMDB), 33, que surpreendeu ao chegar colado no candidato de Aécio Neves e provocar o segundo turno em Belo Horizonte, disse que, se a politização proposta pelo governador for no sentido de separar a imagem dele da sua, estará "indo contra a verdade". Quintão diz ser "amigo e aliado" de Aécio.
PSDB amplia hegemonia no Estado de São Paulo
As eleições do domingo consolidaram a hegemonia do PSDB no Estado de São Paulo. A partir de 2009, o partido passará a administrar 201 municípios -quase um terço das 645 cidades do Estado. O número mostra um crescimento de 6% em relação aos municípios que elegeram candidatos do PSDB no primeiro turno de 2004. O PT cresceu 15% em relação a 2004, elegendo prefeitos em 61 cidades. Em números globais, ficou atrás não só do PSDB, mas também do DEM (75) e do PMDB (68). O partido manteve, entretanto, boa posição nas cidades médias, aquelas com mais de 200 mil eleitores.
Disputa de 2º turno começa com ataque de petista a PMDB
Menos de 24 horas após a totalização dos votos pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), o deputado federal Walter Pinheiro (PT) atacou ontem o prefeito e candidato à reeleição, João Henrique Carneiro (PMDB), com quem disputa o segundo turno pela Prefeitura de Salvador. Na apuração, João Henrique ficou com 30,97% dos votos válidos, contra 30,06% de Pinheiro. "O resultado do primeiro turno mostra que 70% dos eleitores rejeitaram esse governo", disse Pinheiro.
O Estado de S. Paulo
BC ganha mais poder para socorrer bancos pequenos
O governo editará medida provisória que dará mais agilidade ao Banco Central para atuar na crise financeira, que ontem registrou um de seus piores momentos, com turbulência dos bancos europeus e temor de recessão mundial. A MP incluiria garantia do BC a empréstimos para exportadores e autorização para que o órgão possa comprar carteiras de créditos de bancos pequenos e médios. O dia de ontem nas bolsas foi classificado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) de "comportamento de manada". A Bovespa caiu 5,43% após suspender o pregão duas vezes por causa de recuos acima de 10%. O dólar subiu 7,63%, a maior alta porcentual desde 1999, e fechou em R$ 2,20 mesmo com a atuação do BC. No meio do dia, a equipe econômica anunciou medidas para ajudar exportadores, o que reduziu as perdas. No exterior, o pessimismo diminuiu com informações de que o Fed (banco central dos EUA) pode cortar juros e de que subiu para US$ 900 bilhões o volume de empréstimos que pode fazer a bancos.
DEM acerta apoio ao PSDB; Marta telefona para Alckmin
No primeiro passo da aliança com o PSDB para o segundo turno em São Paulo, o DEM apoiará candidatos tucanos onde o partido de Gilberto Kassab não estiver na disputa. Já Marta Suplicy (PT) ligou para Geraldo Alckmin, de olho em eventuais tucanos dissidentes.
Prefeito quer Serra para contra-atacar Marta
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) deixou claro ontem, no primeiro dia de campanha do segundo turno, que vai usar sua proximidade com o governador José Serra (PSDB), de quem foi vice, para minimizar a estratégia da adversária Marta Suplicy (PT) de associá-lo ao ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000).
Alckmin ficará fora de articulações e irá para “exílio” em Pindamonhangaba
Derrotado na corrida pela Prefeitura de São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai submergir no segundo turno das eleições. O tucano já decidiu que não se envolverá na articulação entre PSDB e DEM para fechar apoio ao prefeito Gilberto Kassab. O plano de Alckmin é deixar São Paulo ainda esta semana para uma temporada em seu sítio em Pindamonhangaba.
Paes e Gabeira costuram alianças para o 2º turno
Os candidatos que disputam o segundo turno no Rio adotaram estratégias diferentes para atrair novos aliados, mas usarão a mesma tática de intensificar a campanha nos bairros onde tiveram mau desempenho. O PV do deputado Fernando Gabeira não quer o apoio explícito do prefeito Cesar Maia nem do filho dele, Rodrigo Maia, presidente nacional de DEM, único partido com o qual teria chances de fechar oficialmente uma aliança. Gabeira prefere o diálogo com várias legendas, a começar por PSOL e o PT.
Candidata presa é eleita para Câmara do Rio
Dois acusados de integrar milícias e um suspeito de associação ao tráfico foram eleitos no Rio, entre os 51 vereadores que deverão ocupar a Câmara a partir de janeiro. Carminha Jerominho (PT do B), que está presa, recebeu 22.068 votos – a 23ª maior votação. Ela é suspeita de integrar uma milícia na zona oeste da capital que seria chefiada pelo pai, o vereador Jerominho (PMDB), também preso. A candidatura, porém, está sub judice – a filiação de Carminha foi anulada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o recurso ainda será analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
ACM Neto culpa os tucanos pela sua derrota na Bahia
Principal derrotado na eleição de Salvador, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) apontou a campanha do PSDB local, representado por Antonio Imbassahy, como uma das causas do seu insucesso. "Como ele me atacou muito durante a campanha, os eleitores que deixaram de votar nele não votaram em mim", afirma. ”O PSDB não pode olhar só para seu umbigo."
Governadores não elegem prefeitos de capitais
No embate do primeiro turno das eleições entre governadores de Estado e prefeitos de capitais de partidos adversários, estes últimos venceram por larga margem. Dos 15 candidatos eleitos no primeiro turno, somente cinco são aliados dos governadores. Os outros dez são adversários muito fortes, como o campeão de votos, Cícero Almeida (PP), que obteve 81,49% da preferência em Maceió, contra apenas 6,07% de Solange Jurema (PSDB), apoiada pelo governador alagoano Teotônio Vilela Filho (PSDB).
Jornal do Brasil
Crise chega ao país
A crise chegou à economia real do Brasil, especialmente às empresas exportadoras. Resultado: com a cotação da moeda americana em disparada (fechou em R$ 2,20), a Bovespa chegou a cair 15% e parou duas vezes, até encerrar o pregão em queda de 5,43%. O ministro Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciaram o uso de reservas para emprestar dólares aos bancos e garantir crédito aos exportadores.
Câmara renovada e com mais problemas
O índice de renovação da Câmara Municipal foi alto, de 43%. Mas a mudança não trouxe melhoria no perfil: o plenário, com 51 vereadores, tem 21 legendas e o número de suspeitos de ligação com crimes subiu para oito, assim como os de perfil fisiológico e clientelista, agora 31.
Gabeira admite o apoio de Cesar
Os candidatos a prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV), que vão ao segundo turno, buscam novas alianças partidárias. Paes saiu na frente e anuncia hoje a adesão do PSB. Já Fernando Gabeira preferiu cautela, mas admite apoio de Cesar Maia (DEM) e Crivella (PRB).
Bola e urna se separam no Rio
Se em Goiânia o atacante Túlio foi um fenômeno eleitoral, no Rio os candidatos ligados ao esporte não tiveram sucesso. Dos muitos que usaram o nome do Flamengo, apenas a ex-nadadora Patrícia Amorim foi eleita. Jairzinho teve só 704 votos.
Correio Braziliense
Governo lança pacote contra desespero
Passavam poucos minutos das 10h quando a Bolsa de São Paulo parou pela primeira vez. Àquela altura, o valor das empresas negociadas por lá derretia como manteiga. O índice que aglomera as principais companhias caía mais de 10%. Meia hora depois, os negócios foram retomados. Mas com o mesmo humor. O Ibovespa rolou ladeira abaixo, chegou a mais de 15% de perda e obrigou o pregão a nova parada. O sinal era claro: o mercado entrara em colapso. Estava a reboque das más notícias vindas da Europa. Lá, como nos EUA, grandes instituições financeiras surgem debilitadas. Os governos prometem tomar o lugar dos bancos centrais e garantir, eles mesmos, os depósitos da população. Tudo para evitar uma onda de saques e a conseqüente quebradeira. No Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, convocaram entrevista coletiva e anunciaram o primeiro pacote do governo Lula (leia abaixo). Os ânimos serenaram. À noite, Meirelles chamou novamente a imprensa e anunciou a edição de uma MP, dando-lhe poderes para socorrer bancos brasileiros em dificuldades.
– Banco Central ganha poderes para salvar pequenos bancos em apuros;
– Reservas cambiais passam a garantir exportação e empréstimos externos;
– BNDES libera R$ 5 bilhões para irrigar o mercado de crédito.
PT estaciona na contagem total de votos
O partido do presidente Lula recebeu 16,1 milhões de votos, 45 mil a menos do que em 2004, e perdeu para o PMDB o título de campeão das urnas. Dirigentes justificam que legenda investiu na política de alianças.
Os mesmos votos
Apesar da avaliação popular recorde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT encolheu, ainda que timidamente, nestas eleições municipais, considerando-se a votação conquistada. No domingo, o partido recebeu 16.104.464 votos, cerca de 45 mil a menos do que em 2004. E, assim, perdeu o título de campeão de votos que ostentava até então. Dono das maiores bancadas da Câmara e do Senado, o PMDB assumiu o posto, depois de saltar de 13.752.794 para 17.871.870 entre os dois pleitos. Petistas rechaçam a tese de que a estabilidade no total de eleitores signifique uma derrota da legenda, a qual deveria se beneficiar da popularidade e dos quase seis anos de gestão Lula.
Bolsa que não rendeu voto
O cruzamento dos dados do Bolsa Família com o balanço das eleições municipais derruba a tese de que o programa traria resultados eleitorais imediatos. Nos 100 municípios que apresentam o maior percentual de bolsas, o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve dificuldades até mesmo para lançar candidatos. Foram apenas 16. O número de eleitos foi de apenas quatro. O campeão de votos nesses redutos foi o PMDB, com 40 candidatos e 23 prefeitos eleitos.
Lula no palanque, só em 11 cidades
Está na mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva um roteiro de campanha para o segundo turno. Elaborado pela equipe do ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, o documento tem duas páginas. Na primeira delas, apareceram 11 municípios nos quais a participação de Lula em comícios e carreatas é desejável, já que a prefeitura será disputada entre um candidato governista e um da oposição. Na outra, listam-se outras 11 cidades. Em todas, os concorrentes são de partidos alinhados ao Palácio do Planalto, o que torna pouco recomendável a presença de Lula, a fim de evitar fissuras na base.
PMDB quer aval do presidente
O PMDB elegeu o maior número de prefeituras e foi a legenda que recebeu mais votos, mas não pensa na Presidência da República. Em 2010, o partido quer eleger novamente a maior bancada na Câmara e no Senado e ser vice de uma chapa encabeçada por um nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os peemedebistas elegeram 1.194 prefeitos e receberam quase 18 milhões de votos, superando o recorde anterior do PT de 2004, quando o partido de Lula recebeu o apoio de pouco mais de 16 milhões de eleitores.
Prontos para a guerra
Um dia depois de definido o confronto entre Márcio Lacerda (PSB) e Leonardo Quintão (PMDB) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, os dois candidatos se encontraram ontem, por acaso, na portaria de uma emissora de TV da capital. Ambos tentaram esconder o mal-estar trocando sorrisos, apertos de mãos e abraços, mas o que sobressaiu foi a troca de farpas entre os dois candidatos, que chegaram até mesmo a colocar dedos em riste um para o outro.
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