O Estado de S. Paulo
Exército de Israel invade Gaza
As Forças Armadas de Israel iniciaram ontem uma ofensiva por terra contra o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza, matando ao menos 30 militantes (não havia confirmação de baixas entre soldados israelenses), uma semana após o início dos bombardeios aéreos que já deixaram mais de 460 palestinos e 4 civis israelenses mortos. A invasão começou logo após anoitecer, quando terminou o shabat (o dia semanal de descanso judaico), com os soldados avançando 2 quilômetros dentro de Gaza. A operação terrestre já vinha sendo antecipada há alguns dias, com milhares de militares israelenses posicionados na fronteira com o território palestino.
A invasão provocou reações da comunidade internacional. O Conselho de Segurança da ONU marcou uma reunião de emergência que deveria entrar na madrugada.
Colunas de tanques e veículos militares israelenses, com o apoio de helicópteros, atravessaram a fronteira em quatro direções no norte da Faixa de Gaza, perto da cidade de Beit Lahyia. Pouco após a invasão, soldados israelenses e militantes do Hamas trocaram tiros. Um porta-voz militar de Israel disse que "dezenas de palestinos" morreram na ação terrestre. Soldados israelenses também teriam sido mortos, segundo uma autoridade do grupo palestino, mas a informação não foi confirmada. Já estava de noite quando a ação começou e era possível ver explosões.
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Autoridades de segurança de Israel afirmaram ontem que não têm o objetivo de reocupar o território palestino, de onde as forças israelenses se retiraram unilateralmente em 2005. No início da noite, "milhares" de reservistas israelenses foram convocados para a campanha contra o Hamas. O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que a ofensiva militar "não será fácil e tampouco terá pouca duração", podendo se prolongar por dias.
"O objetivo é destruir a infraestrutura terrorista do Hamas", disse Avital Leibovitch, porta-voz militar, para acrescentar que áreas usadas pelo grupo palestino para lançar foguetes contra o território israelense serão tomadas pelas forças de Israel. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Marc Regev, disse que Israel será vencedor quando "o Hamas não lançar mais foguetes contra o sul do país. Não queremos uma mudança de regime, por mais que não gostemos do Hamas. Isso é um problema palestino."
No atual mandato, Lula já passou quatro meses e meio no exterior
"Nem tudo é a beleza da Sorbonne ou a maravilha de Londres", ironizava o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, referindo-se à agenda internacional do então presidente Fernando Henrique Cardoso. "Ele viajou ao exterior, em 7 anos de mandato, 355 dias." Seis anos depois, a bordo do Airbus ACJ, que comprou por US$ 56,7 milhões, Lula continua batendo todos os recordes do antecessor em número de viagens ao exterior, países visitados e dias fora do País, segundo levantamento feito pelo Estado.
Em 2007 e 2008, o presidente dedicou 138 dias – quatro meses e meio – à agenda externa. Um aumento de 68% em relação aos 82 dias que passou fora do Brasil em 2003 e 2004, igual período do primeiro mandato.
Se, em tese, refizesse todas as viagens internacionais do segundo mandato sem interrupções, uma após a outra, Lula teria se ausentado da capital federal de 1º de janeiro a 17 de maio.
A Presidência buscou novas rotas – subiu de 35 para 46 o total de países visitados no segundo mandato e de 30 para 39 o total de viagens internacionais, em comparação com 2003 e 2004. Foi da Suíça de Davos ao Vietnã, onde se encontrou com o general Vo Nguyen Giap, estrategista que derrotou a França e os Estados Unidos.
Dentro ou fora, presidente viajou 49% do ano passado
Em ano de eleições municipais, o presidente Lula prometeu e cumpriu: percorreu todo o País para ajudar candidatos a prefeito da base aliada. De 1.º de janeiro até 31 de dezembro de 2008, ele fez 83 viagens nacionais, que totalizaram 103 dias. Se forem somadas as agendas interna e externa do presidente, ele viajou em 180 dias – 49% do ano passado.
A presença no palanque dos ex-ministros Marta Suplicy, em São Paulo, e Luiz Marinho, em São Bernardo do Campo, reforçou a estatística. Teve, ainda, muitos atos oficiais. Em fevereiro foi a Oiapoque (AP), no extremo Norte. No Sul, por pouco, não chegou ao Chuí. A cidade mais extrema foi Rio Grande (RS).
Folha de S. Paulo
Israel invade Gaza e visa luz, água e combustível
Após oito dias de intensos bombardeios aéreos, Israel invadiu ontem a faixa de Gaza. O objetivo, segundo o Exército israelense, é controlar as áreas de onde extremistas disparam foguetes e ampliar a destruição da infraestrutura do grupo fundamentalista Hamas, já duramente castigada por ataques por ar e mar que deixaram até agora pelo menos 450 mortos.
Os primeiros tanques e soldados israelenses entraram no território palestino por volta de 19h (15h de Brasília), depois de a artilharia ter entrado em ação pela primeira vez, em ataques na fronteira que abriram o caminho para a invasão.
De acordo com uma fonte palestina em Gaza, os bombardeios durante o dia visaram a rede elétrica, os depósitos de água e de combustível. A maior parte de Gaza, onde vive 1,5 milhão de palestinos, foi deixada às escuras antes da invasão.
A operação que dá início à segunda semana da ofensiva vinha sendo antecipada há dias, à medida que Israel concentrava tropas na fronteira e esgotava o número de alvos do Hamas em Gaza, sem conseguir interromper o disparo de foguetes contra o seu território.
Em pronunciamento na TV, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, antecipou aos moradores do sul do país que os próximos dias serão difíceis. "Estamos indo para uma operação que não será fácil nem curta", disse o ministro. Reservistas foram convocados para possível ampliação da ação.
Em um comunicado lido diante das câmeras, o porta-voz do Hamas, Ismail Radwan, disse que o grupo transformará Gaza em "um cemitério" para os israelenses. Desde que tomou o controle de Gaza, em junho de 2007, o grupo vem se preparando para uma incursão israelense, com túneis e a instalação de minas terrestres.
Rota da transposição do São Francisco tem obras paradas
Um ano e meio após ser iniciada, a obra da transposição do rio São Francisco, em trechos ao longo de sua rota, ainda se resume a estacas de madeira que, fincadas em meio à caatinga, marcam onde passarão os canais levando água a regiões secas. Por enquanto, carroças puxadas por jegues levam tambores com água barrenta a moradores dessa parte da obra.
Eles têm antenas parabólicas e podem chamar a carroça por celular, no serviço "disque-jegue", mas enfrentam racionamento de água para beber.
Nos dois trechos onde haverá captação da água no rio, em Cabrobó e Floresta, no sertão pernambucano, desde junho de 2007 o Exército abre canais e constrói reservatórios. É a parte mais adiantada do projeto.
Responsável pela transposição, uma das principais vitrines do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Ministério da Integração Nacional corre para substituir estacas por obras e entregar a maior parte do projeto em outubro de 2010, como previsto. O governo admite atrasos, mas diz que a construção será acelerada.
As obras têm dois eixos: o norte, que parte de Cabrobó, com 426 km de extensão, e o leste, de Floresta, com 287 km.
Ao longo desses dois ramais, 1.998 áreas serão desapropriadas, mas as indenizações de 1.509 ainda não foram pagas -628 proprietários não têm sequer títulos de posse.
Com déficit fiscal zero, Yeda diz que é a "hora da colheita"
Depois de um primeiro ano de governo "duro", por conta de ajustes econômicos, e de um segundo ano "pior", devido a escândalos políticos que levaram a uma "crise de Estado", a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) acredita que a tempestade passou e é hora da colheita. "Não há mais torres para derrubar", diz.
A colheita que espera está calcada no déficit zero alcançado por sua gestão e na retomada de investimentos sociais. Em entrevista à Folha, a governadora falou sobre as conquistas na área econômica e os momentos difíceis de seu governo. Deixou transparecer a mágoa em relação ao vice-governador, Paulo Feijó (DEM), que ajudou a agravar a crise política, e à oposição. Fez ainda duras críticas aos antecessores.
FOLHA – Seus dois primeiros anos de governo foram difíceis…
YEDA CRUSIUS – [2007] Foi um ano de ajuste, de muita incompreensão, porque a cultura baseada em gestão do recurso público era zero. Foi muito duro o ano de 2007. O ano de 2008 piorou, por causa dessa manifestação política. Juntou-se ali o grupo de oposição e, durante uma CPI sem regras, o governo seguiu todos os dias amanhecendo na mídia com denúncias sem fundamento. Crise muito forte. Não de governo, mas crise de Estado, que foi gerada numa gravação [feita pelo vice-governador, leia texto à pág. A9]. O ano termina com a prova gerada pelo Ministério Público [Estadual] de que a famosa compra da casa da governadora [foi] totalmente idônea. Isso afastou as nuvens da dúvida que pairou esse ano inteiro com um trabalho selvagem da oposição. Parece a colheita em época de colheita. A gente colhe tudo o que plantou.
FOLHA – E na economia?
YEDA – Cortamos despesas em mais de 30%, nenhum outro Estado fez isso. Recebemos uma carga de dívida de curto prazo imensa, um déficit de R$ 2,4 bilhões. Foi um ajuste muito duro, a gente não investiu, tomamos a decisão de não investir [em 2007, ano em que se investiu apenas R$ 40 milhões]. Em 2008, já com os programas estruturantes definidos, [investimos] dez vezes mais, R$ 400 milhões. Mas nos preparamos para investir R$ 1,25 bilhão em 2009.
FOLHA – O crescimento do país ajudou o Estado a alcançar déficit zero?
YEDA – O déficit zero foi fruto dos esforços do Rio Grande do Sul. O ICMS, que é o que nos compete, cresceu 33% nos dois anos de governo. A economia cresceu 12%. A receita cresceu 33% e isso foi nota eletrônica, negociada setor a setor, mês a mês. O ICMS cresceu por técnica e modernização da receita. A mesma coisa na despesa. Criamos o que nos permitiu ter o maior superávit da história.
FOLHA – A crise mundial pode comprometer suas metas para o Estado?
YEDA – O déficit zero será mantido. O Orçamento prevê R$ 1,25 bilhão de investimentos. Se a crise vier, conforme o tamanho, ela vai afetar os investimentos.
O Globo
Preço de passagem aérea pode cair 30% em 2009
Os passageiros podem esperar uma queda de 30%, em média, do preço das passagens aéreas a partir de março deste ano, prevêem especialistas em aviação e técnicos do governo. A recessão econômica, com queda na renda das famílias, aliada ao fim de alta estação e à entrada em operação da Azul devem estimular o aumento da concorrência no setor, beneficiando os turistas. No entanto, consumidores que poderiam desfrutar, a partir de janeiro, de descontos de até 20% nas tarifas para Europa e EUA, como determinou a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), aguardam decisão da Justiça ao recurso impetrado pelas empresas nacionais.
Com a pena cumprida, mas ainda presos
Inspeção em presídios brasileiros flagrou, no segundo semestre de 2008, mil presos que já tinham cumprido suas penas, mas continuavam atrás das grades. O mutirão do Conselho Nacional de Justiça localizou outros 1.218 condenados que não recebiam benefícios como indulto e mudança de regime.
Rigor contra corrupção entre juízes
Corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Gilson Dipp se diz decepcionado e envergonhado com casos de corrupção de juízes, mas afirma que não terá qualquer constrangimento para punir colegas. Ele condena também discussões públicas entre magistrados.
Jornal do Brasil
Os 100 primeiros dias de Paes
As primeiras medidas, já anunciadas no dia da posse, deram uma idéia de como será o ritmo da gestão do novo prefeito do Rio, Eduardo Paes. Mas está no choque de ordem, prometido para os 100 primeiros dias de mandato, a grande esperança dos cariocas. A desordem urbana se combinará com ações nas áreas de educação, saúde e planejamento. Ainda no caderno especial, o que 2009 reserva para o Brasil e o mundo.
Preço do gás cairá 50% para o Brasil
O preço do gás da Bolívia, comprado pelo Brasil, cairá à metade, a partir de abril, quando está previsto o reajuste trimestral do produto, acertado pelos dois países. A previsão está relacionada à queda na cotação do petróleo.
Correio Braziliense
Material escolar: Está tudo mais caro
Primeiro foram os remédios. Depois, os produtos médico-hospitalares. Agora, chegou a vez do material escolar. Com o papel e outros insumos dos lápis de cor e das tintas cotados em dólar, os pais reencontram a crise financeira mundial no caixa das papelarias, na hora de pagar a conta do enxoval letivo dos filhos. Mesmo tabelados, os livros didáticos já subiram entre 5% e 7% em dezembro e passarão por outra rodada de reajustes em janeiro, prevista para ficar entre 7% e 15%, segundo os revendedores. Como algumas lojas ainda estão abastecidas por estoques do ano passado, é possível encontrar os preços antigos. Por isso, recomenda-se muita pesquisa antes de fechar negócio.
Israel inicia invasão
Exatamente às 20h30 (16h30 em Brasília), o Exército deu partida na segunda fase da Operação Chumbo Grosso: os tanques, que passaram a tarde atirando, avançaram no território palestino com o objetivo de dizimar o Hamas.
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