JORNAL DO BRASIL
Turismo do Rio perde US$ 26 mi
O Rio teria um movimento turístico 10% maior se não fossem os problemas que enfrenta com a retalhada malha aérea nacional. A perda anual de turistas, contando só os americanos, é estimada em US$ 26 milhões, com base em números do ano passado. Desde a crise da Varig, rotas internacionais e domésticas, desativadas, não foram reprogramadas. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro, Alfredo Lopes, afirma que as companhias aéreas americanas oferecem 105 vôos por semana de lá para cá, enquanto as brasileiras apenas 35. A próxima reunião para tratar do tema será em 2009, mas a entidade quer um acordo de cavalheiros entre as empresas para resolver o problema.
Carro serve para renegociar dívidas
Trocar de carro pode ser uma alternativa para renegociar dívidas antigas que tenham taxas de juros mais elevadas. O aquecimento das vendas é atribuído à economia estável, facilidade de crédito e alongamento de prazos de pagamento, que motivam clientes para negociar o carro antigo, pegar o dinheiro e comprar um novo, mas sem entrada. O valor conseguido na operação é aplicado em outra necessidade. As concessionárias funcionam na atualidade como bancos – mudar de veículo virou uma estratégia para quitar dívidas. As taxas de financiamento do setor variam entre 0,99% e 2,01%. O interessado pode optar pelo sistema de Crédito Direto ao Consumidor ou pelo leasing.
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Fraqueza nas Forças Armadas
Enquanto os países vizinhos se armam, as Forças Armadas do Brasil vivem um quadro de penúria, que pede reaparelhamento. No Exército, por exemplo, falta artilharia antiaérea; na Aeronáutica, a necessidade é atendida pela metade.
FOLHA DE S. PAULO
Cai número de formados na universidade pública
Apesar de o número de alunos que entram nas universidades públicas brasileiras crescer desde a década passada, a quantidade de estudantes formados na rede caiu quase 10% nos últimos dois anos, mostram dados do Ministério da Educação. De acordo com o Censo da Educação Superior, houve queda de 9,5% no número de alunos que se formaram nas instituições públicas em 2006 em relação a 2004 – menos 19.177 alunos.
O resultado representa uma perda na eficiência dessas instituições, financiadas com recursos públicos. Neste ano, a rede federal terá R$ 1,7 bilhão para custeio, três vezes mais do que há quatro anos, segundo o MEC. Para pesquisadores, a queda ocorre devido aos aumentos da evasão e do tempo que os alunos levam para se formarem. Trabalho e descontentamento com os cursos são apontados como maiores empecilhos.
Para Alencar, juros não caem porque Lula teme inflação
Crítico recorrente dos juros altos, o vice-presidente José Alencar Gomes da Silva disse à Folha que eles não caem mais porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem "medo" das ameaças feitas por economistas de mercado de que isso causaria uma "inflação violenta" no país. A alfinetada no colega, contudo, é logo seguida de elogios pelo comportamento "ajuizado" do petista. "O Lula é um sujeito ultra-responsável, ele tem preocupação que [uma queda forte dos juros] pudesse trazer uma inflação brutal."
País deve criar 2,5 milhões de empregos no próximo ano
Se a economia brasileira começar 2008 com desempenho igual ao de 2007, deverão ser criados 2,5 milhões de empregos formais e informais no ano que vem, segundo economistas ouvidos pela "Folha". O número é inferior ao estimado para este ano (2,76 milhões). O cálculo se baseia nos investimentos previstos em infra-estrutura, construção civil pesada e habitacional, estradas, hidrelétricas e Indústrias.
Governo reedita MP revogada há dois meses
A MP publicada ontem em edição extra do "Diário Oficial" da União, sobre aposentadoria de trabalhadores rurais, resgata tema de outra revogada há dois meses em manobra para limpar a pauta e votar a CPMF. Artifício similar foi usado para prorrogar o prazo para registro de arma de fogo. O governo revogou a MP e a reeditou, mas ela acabou sendo derrubada pelo STF.
O ESTADO DE S. PAULO
PAC tem R$ 13,3 bi para obras em 2008
A previsão da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rouseff, de que o Brasil vai virar um "canteirão de obras" em 2008, já tem verbas garantidas para se realizar. Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) mostram que, dos R$ 16,5 bilhões reservados para investimentos do PAC este ano, R$ 13,3 bilhões estavam empenhados em 27 de dezembro. São, portanto, verbas já comprometidas, aguardando a fase de contratação de empreiteiras e prestadoras de serviços.
"Em 2008 o PAC terá uma visibilidade diferente, muito maior do que teve este ano", diz o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. "As obras vão ocorrer dentro das cidades". Projetos de saneamento e habitação começam a sair do papel em março. Em São Paulo, por exemplo, estão previstas a urbanização de favelas como Heliópolis e Paraisópolis e a despoluição das represas Billings e Guarapiranga. O governo promete priorizar ainda a modernização de portos marítimos, vistos como um dos principais "gargalos" para o crescimento econômico do País.
General admite que Brasil fez parte da Condor
O general-de-divisão da reserva Agnaldo Del Nero Augusto diz que o Exército brasileiro prendeu militantes da extrema-esquerda latino-americana e os entregou aos militares argentinos. "A gente não matava. Prendia e entregava. Não há crime nisso", relembra Del Nero. Oficial de Cavalaria que trabalhou nos serviços de informação nos anos 70, Del Nero rompe o silêncio mantido pelos militares sobre a Operação Condor – a ação integrada dos Exércitos do Cone Sul contra os grupos de esquerda que virou alvo da justiça na Itália.
EUA começa corrida pela sucessão de Bush
A briga por um cargo com um salário de US$ 400 mil e o controle da maior máquina militar do planeta – a presidência dos EUA – começa na próxima semana. As primárias de dois partidos definirão seus candidatos: no Republicano, o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani perde espaço para o pastor Mike Huckabee. No lado democrata, a ex-primeira-dama Hillary Clinton bate o negro Barack Obama.
O GLOBO
Reprovação no Provão não fecha escolas no Rio
Reprovados em todas as edições do antigo Provão e do Enade, ao longo de nove anos consecutivos, 14 cursos universitários continuam funcionando no país. Com exceção de uma faculdade municipal em Goiás, todas as instituições são privadas. Sete ficam no Rio. A lista se limita às áreas de administração, direito e engenharia civil, as únicas examinadas pelo provão, do MEC, desde 1996. A UNE defende o fechamento dos cursos reprovados. O MEC promete apertar a fiscalização sobre as escolas, que dizem que farão mudanças.
EUA começam a escolher seu presidente
Os EUA darão a largada na disputa de 2008 pela Casa Branca na quinta-feira com a prévia eleitoral de Iowa, primeiro dos 50 estados do país a apontar seus preferidos nos campos republicano e democrata. Considerada crucial, a votação em Iowa costuma apontar os favoritos para as eleições presidenciais: em 2000, o democrata Al Gore e o republicano George W. Bush saíram vitoriosos no estado. Feita através de cáucus, sistema em que apenas eleitores registrados no partido e residentes no estado têm direito a voto, a escolha em Iowa é complexa e controvertida, podendo terminar até mesmo num tradicional cara ou coroa.
Créditos de até R$ 5 mil sobem 6,8%
Com a reação do emprego e dos salários no país, o volume de crédito de pequeno valor para pessoas físicas (abaixo de R$ 5 mil) tem avançado mais que em faixas maiores. Segundo dados do Banco Central, o crescimento trimestral desse segmento atingiu 6,8%.
CORREIO BRAZILIENSE
Corrida pela vacina contra febre amarela
Pelo menos 60 mil brasilienses lotaram ontem os postos de saúde do Distrito Federal no primeiro dia de vacinação contra a doença. As filas surpreenderam as autoridades sanitárias, que também esperam uma movimentação intensa hoje, entre as 8h e as 17h. A meta é imunizar 240 mil moradores, que não receberam a dose na campanha realizada em 2000. A vacina é válida por 10 anos. Na Vila Basevi, ao lado do Parque Nacional, técnicos da Vigilância Ambiental borrifaram inseticida para exterminar possíveis focos de mosquitos transmissores da febre amarela. Eles estiveram ainda na Granja do Torto, residência oficial de campo do presidente da República.
IOF mais gordo vai compensar perda da CPMF
Aumentar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras é uma das medidas estudadas pelo governo para contrabalançar a perda de R$ 40 bilhões com o fim da CPMF. O IOF, que incide sobre empréstimos concedidos pelos bancos, rendeu R$ 7 bilhões ao Tesouro entre janeiro e novembro.
Associações garantem a aposentadoria
Cresce o número de pessoas que, atraídas por vantagens financeiras, aderem aos fundos de pensão criados por sindicatos e associações profissionais. O sistema, que já conta com 2,6 milhões de participantes em todo o país, deve fechar o ano com R$ 424 bilhões nos cofres.
Presidente da Comissão de Orçamento rejeita redução nas propostas de parlamentares para compensar fim da CPMF
O presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB-PB), está de férias. Embarcou ontem para João Pessoa já pensando no dia 8 de janeiro, quando retorna a Brasília para acompanhar o trabalho dos técnicos que fazem contas e indicam cortes para o Orçamento de 2008. Maranhão está visivelmente otimista. Ele aposta que, além das reestimativas de receitas, o governo pode aumentar alíquotas de tributos e reservar parte dos recursos anualmente contingenciados para cobrir com facilidade o buraco deixado pelo o fim da contribuição. O senador não acredita que o governo vá mexer nas emendas parlamentares. “Não encontro receptividade”, explica. A tesoura deve atingir, na avaliação de Maranhão, as construções e obras previstas para os três poderes.
Atentado que matou Benazir atingiu Bush
Presidente americano planejava encerrar o mandato como patrono da criação do Estado palestino. Mas o assassinato da ex-premiê por um homem-bomba, no Paquistão, ameaça explodir o projeto de Bush. Ele passou a sexta-feira debatendo o impacto que o crime terá no conturbado Oriente Médio.
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