Folha de S. Paulo
EUA têm a primeira recessão desde 2001
A economia norte-americana está oficialmente em recessão. A confirmação partiu do Escritório Nacional de Pesquisa Econômica (NBRE, em inglês) dos EUA, uma ONG que define os períodos recessivos no país. Segundo o órgão a atual recessão, iniciada há um ano, é a primeira depois do ataque terrorista de 2001 e uma das mais longas desde a Grande Depressão. O NBER aponta o desemprego atual como fator determinante para que o início fosse definido em dezembro de 2007. A taxa está em 6,5%. De janeiro a outubro de 2008, os EUA perderam 1,2 milhão de postos de trabalho. Na definição mais comum, há recessão quando o PIB recua por dois trimestres seguidos. Para a NBER, esse é só um dos fatores, assim como desemprego e produção industrial. Em novembro, a indústria caiu ao menor nível desde 1982. O anúncio oficial da recessão fez a Bolsa de Nova York desabar 7,7%, com efeito negativo em todo o mundo. A Bovespa caiu 5,07%.
Partidarização de servidores públicos é nociva, diz Mendes
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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, criticou ontem a "partidarização" de servidores públicos, ao ser indagado sobre as ligações entre policiais e partidos políticos. Mendes também declarou ontem que o Poder Judiciário está sendo afetado por um "independentismo" de juízes de primeira instância, que não estariam seguindo as decisões do tribunais superiores do país.
Justiça nega acesso de Dantas a inquérito
O juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, rejeitou o pedido da defesa de Daniel Dantas para ter acesso à íntegra do inquérito movido contra o delegado federal Protógenes Queiroz, que investigou o banqueiro por supostos crimes financeiros. O pedido era interpretado no Judiciário como uma tentativa da defesa de Dantas em adiar a decisão do juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal, que está prestes a sentenciar no processo em que o banqueiro é acusado de tentar subornar um agente policial. Os dois juízes cuidam de desdobramentos diferentes da Satiagraha. No caso de De Sanctis, o foco é Dantas, que responde a um processo em que é acusado de tentar corromper um policial (pronto para sentença) e a um inquérito por supostos crimes financeiros (em fase inicial). No de Mazloum, o foco é Protógenes, que passou da condição de investigador a investigado após a própria Polícia Federal o vincular a supostos excessos cometidos no caso.
TSE pede celeridade ao TCU em análise de fiscalização de obra
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Carlos Ayres Britto, enviou ontem um ofício ao TCU (Tribunal de Contas da União) pedindo "celeridade" no julgamento do relatório de fiscalização da obra da nova sede da Corte Eleitoral. No ofício enviado ao presidente do TCU, ministro Walton Alencar Rodrigues, Ayres Britto comunica que o TSE já prestou ao TCU os esclarecimentos necessários sobre os fatos apontados por auditoria externa na obra de construção da sua nova sede.
Câmara quer votar pacote polêmico até Natal
Faltando apenas três semanas para o início do recesso parlamentar, a Câmara dos Deputados se prepara para votar um pacote de projetos polêmicos. Seis propostas contam com apoio de grande parte dos líderes partidários e podem ser colocadas na pauta pelo presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) após a votação de duas medidas provisórias que tratam de aumentos salariais de servidores. Nesta semana, os deputados querem ainda concluir a votação de emendas à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que muda o trâmite das MPs. Do pacote, todas as propostas contam com alguma resistência e, em sua maioria, são fruto de pressões externas.
Brasil exportará menos que a meta
O governo admitiu pela primeira vez que o Brasil não vai cumprir a meta de exportar US$ 202 bilhões neste ano e previu dificuldades maiores para 2009. Em novembro, as exportações caíram 12,5% ante outubro, as importações 16,5%. A crise global e as cheias em Santa Catarina são vistas como as responsáveis pela queda. O superávit comercial no ano está em US$ 22,4 bilhões, resultado 38,6% inferior ao de 2007.
O Globo
Paes vai cancelar atos de Cesar no fim do mandato
Assim que tomar posse, o prefeito eleito, Eduardo Paes, editará um decreto suspendendo por tempo indeterminado as medidas tomadas por Cesar Maia no fim do mandato. O futuro secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, anunciou que uma das primeiras medidas a serem revistas será a licitação de R$ 10 milhões, aberta ontem: após 16 anos no comando da cidade, Cesar anunciará no dia 30 de dezembro o nome da empresa que será encarregada de fazer um plano diretor contra enchentes no Rio. A equipe de Paes também cancelará os benefícios concedidos por Cesar – em agosto passado – que permitem aos servidores receber em dinheiro a licença-prêmio para comprar a casa própria, quitar dívidas bancárias ou pagar despesas médicas. Também será cancelada a contratação de 400 professores.
Receita pedirá prisão de 49 prefeitos do Pará
Em meio às investigações da Operação Paço de Cristal, a Receita Federal se prepara para pedir a prisão de 49 prefeitos de cidades do Pará acusados de sonegar aproximadamente R$ 200 milhões de impostos previdenciários nos últimos três anos. A primeira parte da operação foi encerrada ontem. Em um dos casos mais emblemáticos das irregularidades, uma prefeitura foi multada em R$ 16 milhões pelos impostos não recolhidos. O prefeito sofreu multa de R$ 1,7 milhão.
Na Fazenda, um nome de Gabeira
Para o estratégico cargo de secretária da Fazenda de seu governo, o prefeito eleito Eduardo Paes foi beber das águas do adversário que derrotou. A economista Eduarda La Rocque, apresentada ontem, também ocuparia a função se Fernando Gabeira vencesse, levada pelo ex-presidente do BC, Armínio Fraga. Doutora em Economia pela PUC, trabalha no banco BBM e é considerada uma técnica competente.
Brasil crescerá menos de 3%, prevê mercado
Economistas do mercado já apostam que o Brasil crescerá menos de 3% no ano que vem, apesar de, oficialmente, o governo continuar trabalhando com previsão de 4%. As chuvas em Santa Catarina não permitirão alcançar a meta de exportação do ano.
Mudança na Infraero facilita privatização
O governo federal espera que a troca de comando na Infraero – com a saída de Sérgio Gaudenzi – abra caminho para o projeto de privatização dos aeroportos garantindo investimentos. Gaudenzi deve ser substituído por Guilherme Lagger, mais técnico.
Teste reprova ‘call center’ das empresas
No primeiro dia de vigência das novas regras dos call centers, 40% dos atendimentos aos consumidores em 27 empresas não foram satisfatórios. O teste foi feito pelo Instituto Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC) a pedido do GLOBO.
Estados Unidos mergulham na recessão
Oficialmente, os Estados Unidos entraram em recessão em dezembro de 2007 e este já é o ciclo mais longo de retração desde 1982, época do segundo choque mundial do petróleo. A constatação é do National Bureau of Economic Research (NBER), um grupo privado de economistas que determina a duração dos ciclos econômicos nos EUA. Um dos fatores decisivos foi a eliminação de 1,2 milhão de vagas nos primeiros dez meses deste ano. Com isso, o presidente do Fed (o banco central americano), Ben Bernanke, anunciou que pode fazer novo corte na taxa de juros, hoje em 1% ao ano. A desaceleração americana derrubou os mercados. O Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 7,7%. A Bovespa caiu 5%.
O Estado de S. Paulo
EUA admitem estar em recessão há um ano
O Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos anunciou ontem que, oficialmente, o país está em recessão desde dezembro de 2007. Trata-se do mais longo período de retração da economia desde 1981. Os EUA têm a fórmula própria para definir recessão. Na maior parte dos países, considera-se que dois trimestres consecutivos de encolhimento caracterizam recessão. Nos EUA, são levados em conta vários indicadores econômicos, entre eles o emprego e o desempenho de setores como o imobiliário. Esse cálculo é feito pelo Escritório Nacional (NBER, na sigla em inglês), entidade privada criada em 1920 e composta por economistas renomados. Passaram pelo NBER 16 dos 31 americanos ganhadores do Prêmio Nobel da Economia. O anúncio da recessão americana derrubou as bolsas de valores pelo mundo. A de Nova York teve queda de 7,70% e a Bovespa, de 5,07%.
Planalto tenta isolar Serra para votar reforma
O Planalto articula com os governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste um acordo político em torno da aprovação da reforma tributária para tentar isolar as resistências de São Paulo às mudanças constitucionais. Entre as concessões às regiões menos desenvolvidas do País, acena-se com o aumento do valor reservado aos Estados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), que passaria de R$ 4,7 bilhões para até R$ 8 bilhões. O FNDR é o fundo que o governo criou para compensar os Estados pelo fim da guerra fiscal. A idéia era substituir o atual sistema de incentivo à indústria, via isenção de ICMS direcionada a determinadas empresas, por outro mais amplo, com investimentos em infra-estrutura. Para financiar esses investimentos, o governo concordou inicialmente em contribuir com R$ 4,7 bilhões, além dos recursos que já mobiliza hoje para empréstimos ao setor privado das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Câmara quer empurrar decisão para ano que vem
Cresce o movimento na Câmara para deixar a votação da reforma tributária para o ano que vem. Apesar dos esforços do governo, os líderes da base aliada e de oposição consideram difícil que a reforma seja votada este ano, como defende o Palácio do Planalto. A oposição promete continuar obstruindo as votações na Câmara para tentar impedir a análise do tema. Para o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), é "impossível" que a votação da reforma tributária seja concluída este ano. "Havendo obstrução leva muitas semanas para votar a reforma tributária. Concluir a reforma é impossível. Mas o que não pode é parecer que a tributária não é importante", afirmou Chinaglia ontem, depois de ver fracassar sua tentativa de limpar a pauta e votar a medida provisória que reajusta a remuneração de carreiras do governo federal. Por falta de quórum, não houve votações.
STF julgará acesso a documentos
Antes mesmo de a nova Lei de Acesso à Informação ser assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu cerne passará por um teste no Supremo Tribunal Federal (STF). Duas ações diretas de inconstitucionalidade que tramitam no STF contestam o poder de o governo restringir o acesso da população a documentos considerados sigilosos e que, em certos casos, ficam confinados por tempo indeterminado. A possibilidade do segredo "eterno" está prevista no novo projeto de lei sobre o tema. As ações, uma protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outra pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, consideram inconstitucionais pontos da legislação atual sobre o acesso a dados sigilosos, alguns repetidos na nova Lei de Acesso à Informação. As ações são relatadas pela ministra Ellen Gracie – uma delas está pronta para ser julgada, mas só deve ser levada a plenário em 2009.
Ministro cobra de Lula abertura de arquivos da ditadura militar
O ato público pelo Direito à Memória e à Verdade, realizado ontem na Assembléia Legislativa paulista, teve um tom de cobrança ao governo federal pela abertura dos arquivos da ditadura. O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defendeu que o assunto seja resolvido pelo presidente Luiz Inácio da Silva até o fim da gestão. "Tenho falado ao presidente que ele não pode terminar seus oito anos de governo deixando esse assunto sem uma definição", afirmou o ministro. O evento foi promovido pelos deputados federal Paulo Teixeira (PT-SP) e estadual Simão Pedro (PT) e contou com a presença do presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, de outros parlamentares petistas, como José Eduardo Cardoso, Adriano Diogo e Rui Falcão, além de representantes das principais ONGs ligadas à defesa dos direitos dos presos e perseguidos políticos.
Meta do clima depende de queda brusca no desmate
O governo lançou o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, cuja meta principal é a redução do desmatamento. Para cumprir o plano, o desmatamento da Amazônia terá de ser, em 2009, o menor da história – abaixo de 9.200 km². Em 20 anos de monitoramento, ele nunca foi inferior a 11.000 km².
Expectativa de vida sobe para 72,57 anos no País
O brasileiro ganhou três meses e 14 dias em sua expectativa de vida, em média, entre 2006 e 2007, mostra pesquisa do IBGE. Agora, estima-se que o brasileiro nascido no ano passado possa viver 72,57 anos. O índice é usado no cálculo do fator previdenciário do INSS.
Defesa Civil subestima número de vítimas
O total de desaparecidos após as enchentes que devastaram o Vale do Itajaí é mais do que o dobro da estimativa oficial da Defesa Civil de Santa Catarina. Pelo menos 84 pessoas estão desaparecidas em seis municípios, segundo informações das prefeituras e dos bombeiros. Pelas estatísticas oficiais, o número é de 31. O Centro de Operações da Defesa Civil admite dificuldades. "Pode levar semanas para sabermos exatamente quantos são os desaparecidos", disse o subtenente Edemilson Irineu Corrêa.
Venda de veículos no Brasil recua 25,7%
A indústria automobilística brasileira vendeu 177,8 mil unidades em novembro, o pior desempenho mensal desde fevereiro de 2007. Mesmo com os R$ 8 bilhões dos bancos oficiais para o crédito, o volume vendido foi 25,7% menor que o de outubro, que já fora 11% inferior ao de setembro. Os números incluem caminhões e ônibus. Ontem, a Volvo anunciou suas primeiras demissões em razão da crise.
Jornal do Brasil
Recessão abala os EUA
Os sinais já apareciam: desaceleração da produção, salários estagnados e perda de empregos. Mas só ontem o grupo National Bureau of Economic Research soou o alarme: os EUA estão, sim, em recessão desde dezembro do ano passado. A notícia fez a bolsa americana Dow Jones despencar 7,7%. Apesar do abalo no mercado, os investidores, adaptados a quedas recordes, mantiveram-se calmos. Outro indício de que o cenário está mudando é a volta da venda a prazo, incomum nos EUA. E Paul Krugman analisa: a expansão fiscal forte vai reforçar as perspectivas de longo prazo da economia.
Desabrigados no Rio já são 10 mil
As chuvas que continuam castigando o Rio, principalmente o Norte do estado, já fizeram, entre desabrigados e desalojados, mais de 10 mil vítimas – sendo três mortos. Já em Santa Catarina, o grande volume de chuvas comprometeu o cronograma das obras em rodovias e ferrovias do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado. Só em outubro, os trabalhos pararam por 29 dias por falta de condições de terraplanagem, de acordo com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes.
Correio Braziliense
Temporada de golpes na internet
O período de compras no fim do ano esconde armadilhas. Especialistas alertam para o risco de e-mails com mensagens de boas-festas, confirmação de compras por lojas virtuais e até avisos de bancos. O perigo também está nos sites de relacionamento. Polícia de Brasília investiga homem que se apresenta como jornalista chileno. Ele seduz as mulheres, passa a morar com elas e some após cometer furto.
MP vai investigar Gilberto Carvalho
O Ministério Público em Brasília abriu inquérito civil para investigar a conduta de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ter supostamente repassado ao ex-deputado petista Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) informações sigilosas que ajudaram Humberto Braz, braço direito do banqueiro Daniel Dantas. A investigação foi aberta pela procuradora da República Ana Carolina Roman, na terça-feira da semana passada, a partir de representação do deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Trambique na universidade
A enxurrada de irregularidades na gestão do dinheiro público que inunda a execução de contratos e convênios firmados entre Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), onde são incluídas as universidades, e as fundações de apoio à pesquisa, levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a iniciar uma verdadeira ofensiva para tentar reduzir as fraudes. Depois de realizar auditorias em mais de 460 convênios firmados em pelo menos 14 estados e constatar crimes que vão desde contratações sem licitação até os mais graves desvios de finalidade, os ministros decidiram endurecer o discurso e obrigar o Ministério da Educação a editar uma norma regulamentando as relações entre as entidades, impondo uma série de restrições e regras às parcerias.
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